O público que gosta de nativismo terá a oportunidade de assistir à live do músico santa-mariense Miguel Brasil, 60 anos, das 19h às 21h, pelo Facebook. Com 40 anos de carreira artística, Brasil recorreu às transmissões ao vivo pela internet para compensar a ausência de shows por conta da pandemia, seguindo uma tendência no mundo artístico. Contribuições espontâneas podem ser depositadas em sua conta na agência 39.121467.0-5 do Banrisul.
Serão duas horas de interpretação de música nativista em parceria com o irmão, Edmilson Brasil. Entre as composições interpretadas por Miguel Brasil, estão clássicos como “Milonga abaixo de mau tempo”, escrita por Mauro Moraes. A canção, que fala sobre a saga dos tropeiros, ficou famosa na voz do intérprete José Cláudio Machado.
“As lives têm só nativismo e são bem simples, com duas horas de música e bate-papo. Durante a semana, o público vai pedindo as músicas e eu vou anotando”, conta Miguel, que não descarta fazer transmissões em mais um dia da semana para contemplar outros estilos musicais para além da esfera nativista.
Toda semana tem alguma novidade no palco virtual. Em algumas ocasiões, Miguel se apresenta sozinho e, em outras, alterna convidados. Uma das próximas apresentações terá a companhia das filhas gêmeas Camila e Caroline Vieira, uma dupla de talento no cenário artístico regional. Em duas horas de show, o músico apresenta em torno de 60 músicas e tem cerca de três mil visualizações. A estimativa é que entre 90% do público seja de fora do Rio Grande do Sul.
Miguel começou a tocar violão aos 12 anos de idade e nunca mais parou. Em quatro décadas como profissional, o músico gravou oito CDs, cinco em parceria com colegas e três trabalhos solos. Nesse período, venceu cinco festivais e conquistou mais de 268 festivais como intérprete. Além dos shows, Miguel cantava em bares e restaurantes. Com a pandemia, todas as apresentações ao vivo foram afetadas. O artista já tinha presença nas redes sociais, o que facilitou sua adaptação aos novos tempos.
Dez hospitais já foram beneficiados
No começo da pandemia, o músico Marcos Lázaro, um dos parceiros de Miguel Brasil, teve a ideia de realizar lives para ajudar enfermeiros envolvidos no combate à Covid-19. O dinheiro arrecadado foi repassado a 10 hospitais da região.
A ideia é intercalar ações beneficentes com lives para compensar a suspensão de espetáculos e eventos e das apresentações em bares e restaurantes.
