Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso deu um recado direto e objetivo no pronunciamento em rede nacional de rádio, e televisão feito na noite de sábado, véspera do início da campanha eleitoral. A manifestação teve como alvo candidatos, partidos e cabos eleitorais, mas também a população em geral.
Primeiro, ele mencionou a grave pandemia que o Brasil enfrenta e que já matou mais de 141 mil brasileiros. Repassou orientações. “As recomendações mais importantes são: evitar aglomerações, manter distância mínima de um metro das outras pessoas e sempre utilizar máscara. Além disso, reuniões devem ser feitas em lugares abertos e deve-se evitar a distribuição de impressos”, disse Barroso, entre outras orientações.
Segundo, o presidente do TSE ressaltou um assunto bem pertinente, ainda mais em campanha eleitoral: as fake news. Ele se referiu às notícias falsas como outro vírus que ameaça as eleições e que, conforme o ministro, é capaz de comprometer a democracia. “Trata-se das notícias falsas, das campanhas de desinformação e de difamação. Uma causa que precise de mentiras, de ódio ou de agressões não pode ser boa”, alertou Barroso.
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Nessa mesma linha, o ministro fez um apelo para que candidatos e partidos façam uma campanha sem ódio e sem mentiras. Isso é primordial: a eleição presidencial de 2018 foi contaminada pelo ódio, e o pior: os resquícios continuam latentes até hoje. A intolerância e a raiva podem cansar o eleitor e afastá-lo da urna. Sem falar que prejudica o debate de projetos, que é realmente o que interessa até para que o eleitor possa definir seu candidato.
E os candidatos e partidos vão seguir as recomendações do presidente do TSE, como não promover aglomerações e distribuir panfletos? Nem espalhar fake News? Quem não usar o bom senso em relação à pandemia e tumultuar o debate com desinformação tende a prejudicar sua imagem. E quem vai ficar de olho não será só o eleitor, mas, principalmente, os adversários.