Paralelo 29

Cpers diz que nenhuma escola da região tem condições de retornar

Escola Estadual Olavo Bilac
Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29

O Cpers/Sindicato afirma que nenhuma das escolas estaduais de 18 municípios da região de Santa Maria tem condições de retomar as atividades presenciais a partir da próxima terça-feira (27).

Essa é a data para o retorno das turnas de ensino médio, que deveriam ter retornado esta semana.

Já na quarta-feira (28), retornam as atividades as atividades presenciais para os anos finais do ensino fundamental na rede estadual.

Somente os anos iniciais na rede estadual não voltam em outubro. Continua valendo a previsão para 12 de novembro.

A entidade sindical alega que ainda há risco de transmissão de Covid-19 e, por isso, discorda de qualquer retorno.

Com base em um levantamento feito nessas cidades pelo 2º Núcleo do Cpers, 15 delas têm decretos municipais proibindo o retorno das aulas nas escolas.

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Entre as cidades que proíbem o retorno está Santa Maria, que, no entanto, liberou a volta da Educação Infantil a partir do próximo sábado (24).

Escolas estaduais retornam na próxima quarta

Parte da rede estadual retomou as aulas nesta semana, mas a região não retornou. Segundo o diretor do 2º Núcleo do Cpers, Lúcio Ramos, isso se deve ao fato de a região ter permanecido por mais de uma semana na bandeira vermelha.

Sindicato cobra equipamentos

Mesmo que a região esteja em bandeira laranja, que significa risco médio de transmissão do novo coronavírus, o Cpers sustenta que não há segurança para o retorno.

“A gente ainda não recebeu equipamentos de proteção individual (EPIs), nem verba para limpeza e higienização. Até agora só recebemos álcool em gel”, afirma Ramos.

Ainda segundo o diretor, o governo não prestou nenhuma orientação quanto à parte de recursos humanos, já que há muitos professores e funcionários com mais de 60 anos que se enquadram no grupo de risco para Covid.

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Famílias não estão autorizando retorno

Por outro lado, o Cpers também argumenta que poucas famílias assinaram autorização para que os filhos retornem. No decreto que liberou a volta, o governo não obriga os estudantes a retornarem, apenas professores e servidores.

Servidoras higienizam escola em Porto Alegre para retorno / Foto: Divulgação, Cpers

O diretor do 2º Núcleo, Rafael Torres, reforça o posicionamento dos professores. Igualmente, ele cita o decreto da prefeitura de Santa Maria, de 1º de outubro.

“Aqui em Santa Maria são dois motivos que não permitem o retorno. Primeiro, o decreto 224, de 1º de outubro (da prefeitura) não permite o retorno de nenhum nível além da Educação Infantil. E, segundo, porque sem EPI não dá para recomeçar”, pontua Rafael.

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Dilermando e São Sepé estão na espera

Em Dilermando de Aguiar, não há decreto municipal proibindo o retorno. No entanto, as escolas não pretendem reiniciar porque estão aguardando a aprovação do plano de contingenciamento. Apenas dois alunos foram autorizados a retornar.

As escolas de São Sepé, por sua vez, aguardam a publicação de um decreto da prefeitura nesta sexta-feira (23). Mas, de acordo com o 2º Núcelo, apenas duas das seis escolas da cidade informaram não ter EPIs e planos de contingenciamento.

Quanto a Toropi, o sindicato informa que não conseguiu contato com as duas escolas estaduais do município.

Judiciário atende Cpers

Afora essas situações, o Tribunal de Justiça do RS (TJRS) deferiu em parte uma liminar pedida pelo Cpers, que pode levar à suspensão das aulas presenciais em toda a rede estadual.

A Justiça determinou que o Estado apenas autorize o retorno onde houver laudo garantindo a segurança e a disponibilização de EPIs.


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ONDE ESTÁ PROIBIDO

Entre 18 cidades da região, 15 têm decretos municipais proibindo o retorno presencial. São elas:

  • Cacequi
  • Faxinal do Soturno
  • Formigueiro
  • Itaara
  • Ivorá
  • Júlio de Castilhos
  • Mata
  • Nova Palma
  • Pinhal Grande
  • Quevedos
  • Santa Maria
  • São João do Polêsine
  • São Martinho da Serra
  • São Pedro do Sul
  • Silveira Martins

Fonte: 2º Núcleo do Cpers/Sindicato

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