Paralelo 29

Diversidade na Escola renderá mais polêmica, posição do deputado e sucessora de vereador

Coluna Giro do Paralelo
Arte: Diego Borges

Confira os destaques da coluna Giro do Paralelo desta sexta-feira, 23 de outubro. A análise do veto ao projeto que institui o Programa Diversidade na Escola já gera polêmica na Câmara, a posição do deputado Giussepe em relação ao pleito e a sucessora do vereador Alemão do Gás. Também são destaques governador bem avaliado e disputa em família.

Análise de veto ao projeto Diversidade na Escola renderá polêmica

Durante a campanha eleitoral do primeiro turno, deverá ser votado o veto do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) ao projeto que institui o Programa Diversidade na Escola, de autoria da vereadora professora Luci Duarte (PDT), Tia da Moto.

Voltado ao público LGBTQiA+, a proposta tem, entrou outros objetivos, combater ou amenizar a taxa de evasão escolar na rede municipal de ensino em Santa Maria.

Com manifestantes contra e a favor, proposta que institui o Programa Diversidade na Escola foi aprovada no começo de setembro / Foto: Allysson Marafiga, Câmara de Vereadores

A aprovação ocorreu em setembro e o placar foi bem apertado: 9 votos favoráveis e 8 contrários. Já o prefeito vetou o projeto em sua totalidade no início de outubro.

Na justificativa, o Executivo, embora reconheça a relevância do tema, argumenta que não tem competência, que seria privativa da União, para instituir o programa e que, portanto, teria vício de origem.

Votação do projeto

A favor

  • Cida Brizola (Progressistas)
  • Daniel Diniz (PT)
  • Francisco Harrisson (MDB), Dr.Francisco
  • Jorge Trindade (PDT), Jorjão
  • Leopoldo Ochulaki (MDB), Alemão do Gás
  • Luci Duartes (PDT), Tia da Moto
  • Luciano Guerra (PT)
  • Marta Zanella (MDB)
  • Valdir Oliveira (PT)

Contra

  • Ademar Pozzobom (PSDB)
  • Alexandre Vargas (Republicanos)
  • João Chaves (PSDB)
  • João Ricardo Vargas (Progressistas), Coronel Vargas
  • Juliano Soares (PSDB), Juba
  • Manoel Badke (Democratas), Maneco
  • Ovídio Mayer (PTB), Dr.Ovídio
  • Vanderlei Araújo (Progressistas)

Já o parecer da Procuradoria Jurídica, assinado pelo procurador Lucas Saccol Meyne, é pela derrubada do veto.  No documento, o órgão esclarece que se trata de programa somente autorizativo e não obrigatório para todas as escolas.

O parecer observa, ainda, que o projeto “não indica a inclusão de disciplina em sala de aula sobre ideologia de gênero e, tampouco, prevê a realização de atividades extracurriculares com todos os alunos (…)”.

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Agora, o veto será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e o relator do parecer será o vereador Alexandre Vargas (Republicanos), que é contrário à proposta.

O desfecho sobre o veto, entretanto, deverá se dar no plenário com a votação por todos os vereadores e promete gerar polêmica, a exemplo do dia da votação.

Já há pressão dos dois lados. E, como será em meio à campanha eleitoral, talvez alguns parlamentares não votem de acordo com suas convicções, mas, sim, com as de seus eleitores para não perder votos.

Sem apoio à candidatura a prefeito

Por decisão do comando nacional, o Novo não lançou candidaturas à prefeitura e à Câmara em Santa Maria.

Para quem pergunta sobre a posição do deputado Giussepe Riesgo quanto ao pleito da cidade, a qual representa na Assembleia Legislativa, ele mesmo responde: “não vou apoiar nenhuma candidatura (a prefeito)”.

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O parlamentar disse ao site que, como “cidadão santa-mariense”, irá votar em um dos seis aspirantes à prefeitura e que, nos últimos dias, depois de definir seu voto, abrirá publicamente. Contudo, não irá às ruas ou redes sociais fazer campanha.

Só para lembrar, o outro deputado de Santa Maria, Valdeci Oliveira (PT), é o padrinho político da candidatura de Luciano Guerra (PT) e está em plena campanha pelo petista.

O Novo, partido do deputado Giussepe Riesgo, não lançou candidaturas em Santa Maria / Foto: Wilson Cardoso, Assembleia Legislativa

Já quanto à disputa ao Legislativo, Giussepe pede votos para Pablo Pacheco (Progressistas), que concorreria pelo Novo, caso o partido tivesse lançado nominata em Santa Maria.

Sem lançar candidaturas em Santa Maria, o Novo perdeu uma grande vitrine, que é horário eleitoral gratuito, para apresentar suas bandeiras e, por tabela, o trabalho do deputado da cidade na Assembleia.  

Hoje, a sigla tem dois deputados no Legislativo Gaúcho. Além de Giussepe, tem Fábio Ostermann, que representa Porto Alegre.

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O Novo optou por lançar candidaturas em cidades como Caxias do Sul e Canoas. Ao deputado de Santa Maria, coube se submeter às decisões em nível nacional.

Orçamento menor chega à Câmara

A prefeitura de Santa Maria enviou, na manhã de sexta-feira (23), o projeto de orçamento para 2021. A projeção é de R$ 855 milhões, R$ 15 milhões a menos que o previsto para este ano, de R$ 870 milhões.

Em virtude da crise econômica causada pela pandemia, o Executivo terá dificuldades para fechar os R$ 870 milhões deste ano. Mas 2021 não é nada animador, já que os reflexos da crise tendem a se gravar.

Ainda mais se o Estado não conseguir prorrogar o aumento das alíquotas do ICMS, que vence em dezembro.

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Os cofres tendem a estar bem vazios com a queda de arrecadação de quase todos os impostos. Mesmo assim, há seis candidatos interessados em assumir esse abacaxi de casca dura.

Sucessora na disputa eleitoral

Vereador de primeiro mandato, Leopoldo Ochulaki (MDB), o Alemão do Gás, decidiu não concorrer à reeleição. Mas lançou uma sucessora na disputa eleitoral.

A professora Adriana Vargas, que foi sua chefe de Gabinete, é sua candidata na acirrada eleição para as 21 cadeiras à Câmara de Vereadores.  Seu papel é de cabo eleitoral nesta campanha.

Alemão do Gás se elegeu pelo PSB, mas na janela partidária, no mês de março, trocou pelo MDB.

Governador benquisto no Congresso

Pesquisa feita pelo site Congresso em Foco aponta que o governador Eduardo Leite (PSDB) é o mais bem avaliado pelos líderes no Congresso.

Essa, segundo o portal, é a primeira vez que o tucano lidera o ranking feito pelo Painel do Poder, ferramenta de levantamento do Congresso em Foco.

Governador Eduardo Leite foi bem avaliado por líderes do Congresso, segundo pesquisa / Foto: Itamar Aguiar, Governo RS

Depois de Leite, aparecem Flávio Dino (PCdoB), do Maranhão, Rui Costa (PT), da Bahia, João Doria (PSDB), de São Paulo, e Ronaldo Caiado (DEM), de Goiás. Em julho, mês do levantamento anterior, o governador gaúcho, de 35 asnos, ocupava a 4ª posição.

Confira o ranking do Congresso em Foco:

 

Disputa em família

A disputa pela prefeitura da capital de Pernambuco, Recife, tem, entre os protagonistas, dois primos e deputados federais: João Campos e Marília Arraes (PT). Os dois são bisnetos do ex-governador Miguel Arraes.

Filho de Eduardo Campos, João Campos concorre à prefeitura de Recife (Foto: Geraldo Magela, Agência Senado)

Também concorrente, Marília Arraes é sobrinha de Eduardo Campos. (Foto: Luis Macedo, Câmara dos Deputados)

João é filho do ex-governador Eduardo Campos, que morreu durante a campanha para presidente da República, em agosto de 2014, em um acidente aéreo.

Ele, conforme a última pesquisa Datafolha, lidera a corrida pela prefeitura. Ao mesmo tempo, João é o candidato com maior rejeição. Já a prima Marília, é a segunda colocada nas intenções de votos.

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As disputas estariam causando tumulto na família. É difícil manter a harmonia no meio de uma disputa eleitoral com pessoas tão próximas.   

Bolsonaro e Mandetta em filme

Informação publicada pelo jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, dá conta que as rusgas entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu agora ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (Democratas) irão para a telona.

O filme será dirigido, conforme Jardim, pelo cineasta Luiz Eduardo Belmonte com base no livro “Guerra e Saúde” escrito por Ugo Braga, ex-assessor de Mandetta.

Belmonte tem em seu currículo séries como o “Hipnotizador”, da HBO, e “Carcereiros”, da Globo Play. O elenco não está definido, segundo o jornalista.

Jaiar Bolsoanro0 e Luiz Henrique Mandetta
O presidente Jair Bolsonaro ao lado do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta antes de sua saída da pasta, após atritos entre ambos / Foto: Isac Nóbrega, Presidência da República

Sorte que Bolsonaro e Mandetta não são atores, já que não é possível convidar os dois para mesma mesa. Do contrário, teria muita ação e o filme estaria mais para terror do que para comédia.

(Colaborou José Mauro Batista)

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