A Universidade de São Paulo (USP) confirmou a descoberta de um superfungo no Brasil após diagnóstico em adulto internado na Bahia.
O Laboratório do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, responsável pelo diagnóstico juntamente com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), de Salvador, estudou o caso do paciente.
A situação já preocupa autoridades e profissionais de saúde, tanto que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou na terça-feira (8) uma nota alertando sobre o caso.
O órgão regulador se refere à infecção por Candida auris (C.auris), nome do fungo que teria contaminado um paciente em território brasileiro.
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Fungo é ameaça à saúde global
A Anvisa destaca que o fungo “representa uma grave ameaça à saúde global”, e que já havia emitido um alerta de risco anteriormente, em 2017.
Naquela ano a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), um braço da Organização Mundial da Saúde (OMS), fez um alerta em função de surtos da doença na América Latina.
Segundo o alerta, o superfungo identificado pode causar infecção em corrente sanguínea e outras infecções invasivas, podendo ser fatal, principalmente em pacientes com doenças associadas.
A Anvisa trabalha para revisar o comunicado de risco emitido anteriormente e informa que uma força-tarefa nacional já está organizada.
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Grande resistência a medicamentos
O C.auris está sendo chamado de superfungo por apresentar grande resistência a medicamentos como antifúngicos e drogas específicas para o tratamento.
De acordo com o site da Anvisa, o C.auris é um fungo emergente identificado pela primeira vez como causador de doença em humanos em 2009, no Japão.
Além da resistência a remédios, o C.auris é identificado mediante utilização de métodos laboratoriais específicos.
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Alerta para todos os serviços de saúde
Às vezes, destaca o órgão regulador, o C.auris pode ser facilmente confundido com outras espécies de leveduras.
Como ele sobrevive bem a ambientes hospitalares, a agencia recomenda cuidados redobrados em todos os serviços de saúde do país para que se evite um eventual surto.
Apesar do alerta, a agência afirma que a população não precisa entrar em pânico. O alerta de risco sobre o fungo está disponível para o público. Clique aqui para acessar.
“Recomendamos que os serviços de saúde e laboratórios de microbiologia estejam alertas às orientações”, registra a nota.
(Com informações da Agência Brasil e da Anvisa)