Com pedágio de R$ 3,36, grupo espanhol Sacyr venceu o leilão e será responsável pela duplicação da RSC-287, trecho entre Santa Maria e Tabaí. A Faixa Nova de Camobi não entrou no trecho concedido. O leilão ocorreu, na manhã desta sexta-feira (18), na Bolsa de Valores de São Paulo.
Quatro empresas apresentaram propostas para fazer a obra. O Consórcio Via central, constituído pelas empresas Sacyr Concessões e Participações do Brasil e pela espanhola Sacyr Concesiones SL, venceu o leilão ao apresentar a menor tarifa.
O valor do pedágio ficou 54,41% abaixo do teto estipulado na licitação, que era de R$ 7,37. Atualmente, a tarifa nos pedágios da RSC-287, administrados pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), é de R$ 7. Um dos pedágios ficará entre Santa Maria e Quarta Colônia.
“Estamos muito satisfeitos e felizes com o resultado, pelo deságio de 54% e, principalmente, pelo número de consórcios participantes, pela robustez desses consórcios, das empresas representadas e da própria vencedora, o que nos dá a segurança de que teremos um investimento robusto, que vai trazer melhorias que o Estado não tem capacidade de fazer, além de ajudar muito economicamente o RS”, destacou o governador Eduardo Leite, que acompanhou o leilão em São Paulo.
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Investimento de R$ 2,7 bilhões em 30 anos
Durante os próximos 30 anos, a empresa deverá investir R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1 bilhão já nos primeiros 10 anos, e cumprir o cronograma de obras, incluindo a duplicação dos 204,5 quilômetros de extensão nos dois sentidos de fluxo, beneficiando diretamente 12 cidades.
A título de comparação, de 2014 a 2018, o governo do Estado investiu R$ 195,7 milhões na RSC-287. Nos primeiros cinco anos da concessão, o aporte financeiro será de R$ 599,1 milhões.
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Próximos passos
A duplicação da 287, que fará a capacidade da rodovia ser de 7 mil veículos por hora, é aguardada há mais de duas décadas pela população, porque a estrada é um importante corredor logístico entre a Região Metropolitana, passando pelos vales do Rio Pardo e Taquari, até a Região Central, e sendo também eixo de ligação com as rodovias federais.
O governo, por meio da Central de Licitações, terá até o dia 5 de janeiro de 2021 para análise dos documentos de habilitação apresentados pela vencedora da melhor proposta. Em seguida, entre dia 6 e 13 de janeiro, haverá prazo para recursos. A homologação do resultado do certame está prevista para ocorrer em 11 de fevereiro.
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Obras começam no segurndo trimestre
Vencidas todas as exigências, a empresa assinará o contrato com o governo e passará a administrar as duas praças já existentes – em Venâncio Aires (km 86) e Candelária (km 131). A cobrança nas demais praças – em Tabaí (km 47), Paraíso do Sul (km 168) e Santa Maria (km 214) – só deve ocorrer a partir do primeiro mês do segundo ano da concessão.
As obras na rodovia devem começar já no segundo trimestre de 2021, com um trabalho de recuperação da estrada. Conforme o contrato de concessão, os primeiros pontos a serem duplicados serão os trechos considerados urbanos, junto aos acessos aos municípios cortados pela rodovia – Tabaí, Santa Cruz do Sul, Candelária, Novos Cabrais, Paraíso do Sul e Santa Maria.
O cronograma estabelece que 65%, ou 133 quilômetros, devem estar duplicados já no nono de concessão, contemplando todo o trecho de Tabaí a Candelária, o mais movimentado de toda a RSC-287, com média de 10 mil veículos por dia.
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Cronograma das obras
Conforme o contrato de concessão, os primeiros pontos a serem duplicados da RSC-287 serão os trechos considerados urbanos, os que representam acesso aos municípios. No terceiro ano de administração da rodovia, a duplicação deve estar concluída em Tabaí (km 28,54 ao km 30) e Santa Cruz (km 102 ao km 104,65).
No quarto ano, será a vez de Candelária e Novos Cabrais (km 137,58 ao km 141,49), Paraíso do Sul (km 156,46 ao km 157,48) e Santa Maria (km 231 ao km 232,54).
No sexto ano de concessão, a duplicação deverá ocorrer entre Tabaí e Santa Cruz do Sul. No oitavo ano, entre Santa Cruz e Candelária, e, no nono ano, entre Candelária e Novos Cabrais.
O último trecho, entre Novos Cabrais e Santa Maria, terá a duplicação obrigatória quando o tráfego da rodovia atingir o volume médio diário equivalente de 18 mil eixos nas duas praças de pedágio ou, no máximo, entre o 19º e 21º ano de contrato, caso o fluxo não se concretize.
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Terceiras faixas
Para garantir mais segurança viária, as zonas rurais localizadas no último trecho a ser duplicado da RSC-287, entre Novos Cabrais e Santa Maria, terão a implantação de terceiras faixas de tráfego com 800 metros de extensão em média, resultando em 7,5
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O consórcio vencedor
O consórcio vencedor é formado por duas empresas do grupo espanhol Sacyr, que tem dezenas de concessões em mais de 30 países e especialmente no setor de transportes na América Latina. A concessão da RSC-287 é a primeira do grupo no Brasil. Tem 40 mil colaboradores.
“É o nosso primeiro ativo no país, mas temos vários projetos em andamento e apostamos no Brasil, por acreditar que tem um dos melhores portfólios do mundo. Estamos com boas expectativas e felizes por começar pelo Rio Grande do Sul”, afirmou Leandro Conterato, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Sacyr Concessões, o braço brasileiro do consórcio.
(Com informações do governo do Estado)