Paralelo 29

Pandemia derruba impostômetro

A pandemia de Covid no Brasil faz o impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) cair pela primeira vez desde 2005.

A ferramenta, que mede os tributos pagos pelos brasileiros para os governos federal, estadual e municipal , deverá atingir a marca de R$ 2,057 trilhões até as 23h59min desta quinta-feira, 31 de dezembro. Último dia do ano.


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Primeira queda desde 2005

O resultado será 17,85% menor que valor que foi pago pelos contribuintes em 2019, a primeira queda registrada desde a criação da ferramenta, em 2005.

“A redução tem tudo a ver com a crise econômica causada pela covid-19, que impactou diretamente em todas as atividades de trabalho”, diz nota da entidade.

A associação ressalta que o impacto maior da pandemia foi no setor terciário, que inclui comércio e prestação de serviços, e corresponde a mais de 70% dos empregos gerados no país.

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Menos impostos em 2020

Em 2020, o Poder Público receberá em impostos da população: R$ 447,1 bilhões a menos do que foi arrecadado em 2019.

Para 2021, no entanto, mesmo ainda durante a crise do coronavírus, a ACSP prevê que o país deverá capitalizar mais contribuições.

“Além de as atividades não estarem mais tão restritivas em seu funcionamento quanto estavam no pico da pandemia, na metade deste ano, o poder público também se mexeu para arrecadar mais”, diz a entidade.

A entidade comercial cita como exemplo o governo de São Paulo que baixou um decreto pelo qual mais de 300 produtos deverão ter sobretaxa de ICMS, ajudando, portanto, “a engrossar a arrecadação estadual”.

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Como funciona a medição

O Impostômetro considera todos os valores arrecadados pelos municípios, estados e pelo governo federal.

Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

A ferramenta calcula os dados utilizados pela Receita Federal, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União (TCU) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

(Com informações de reportagem de Pedro Ivo de Oliveira, da Agência Brasil)

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