Paralelo 29

Mel recita em homenagem ao Dia Mundial da Poesia

Conceição Evaristo, poeta e escritora brasileira/Foto: Arquivo Pessoal

No Dia Mundial da Poesia, 21 de março, a jornalista e poeta Melina Guterres, a Mel Inquieta, homenageia cinco grandes mulheres brasileiras.

Entre elas, estão quatro grandes representantes da poesia brasileira e uma médica psiquiatra, que revolucionou o tratamento mental no Brasil, quebrando antigos paradigmas na forma de tratar a saúde psíquica.

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Hilda, Adélia, Conceição, Cora e Nise…

Mel selecionou poemas de Hilda Hilst e de Adélia Prado, bem como frases da psiquiatra Nise da Silveira para prestar sua homenagem. Desta vez, porém, Mel abriu mão de sua obra poética autoral para recitar poemas e uma frase das homenageadas.

Hilda de Almeida Prado Hilst foi poeta, cronista e dramaturga brasileira, considerada pela crítica especializada como uma das maiores escritoras da Língua Portuguesa do século XX.

Em sua obra poética e ficcional, Hilda Hilst aborda temas ligados ao misticismo, à insanidade e ao erotismo.

Com forte influência dos irlandeses James Joyce e Samuel Beckett, Hilda Hirst, que morreu em 2004, deixou contribuição inegável ao país e ao mundo.

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Da mesma forma, Mel recita poema de de Conceição Evaristo, poeta negra que estreou na literatura em 1990, com obras na série Cadernos Negros, uma publicação do grupo Quilombhoje, no qual ela ingressou em 1980.

Maria da Conceição Evaristo de Brito é doutora em Literatura Comparada pela Universidade Federal Fluminense (UFS) e mestra em Literatura Brasileira pela PUC-Rio.

Suas obras tratam de temas como o racismo e questões de gênero e classe. Conceição é autora do romance Ponciá Vicênio, entre outras obras.

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A autora brasileira teve sua obrigada traduzida para o Inglês e publicada nos Estados Unidos.

Já Adélia Luiza Prado de Freitas, ou simplesmente Adélia Prado, é poeta, filósofa e contista brasileira, além de ter sido professora.

Ligada ao movimento Modernista, Adélia Prado tem uma obra em que mescla religiosidade com o aspecto lúdico, o que a faz uma autora com um estilo bastante peculiar.

A outra homenageada é Cora Coralina, pseudônimo de Anna Linas dos Guimarães Peixoto Bretas.

Poetista e contista nascida em Goiás, também está no panteão das mulheres escritoras brasileiras. Seu primeiro livro foi publicado em 1965, quando ela tinha quase quase 76 anos de idade.

Doceira de profissão, essa mulher simples conseguiu produzir uma obra poética em que combinou a doçura cotidiana com a vida rudimentar do interior brasileiro. Um cardápio poético de qualidade ímpar.

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Médica revolucionária

Por fim, Nise Magalhães da Silveira, que viveu até 1999, foi uma médica psiquiatra brasileira que revolucionou os métodos de tratamento em saúde mental.

O pioneirismo de Nise da Silveira também ficou registrado em sua defesa de outros paradigmas de tratamento terapêutico, entre eles a interação de pacientes com animais.

AS CINCOS MULHERES SEGUNDO MEL

A jornalista e poeta de Santa Maria também descreveu o que essas cinco mulheres e suas obras representam para ela.

Cora Coralina

Imagem de Cora Coralina/Foto: Marcello Casal Júnior/Agência Brasil

“O poema ‘Mulher da Vida Minha Irmã’ da Cora Coralina me lembra todas as mulheres inviabilizadas pela sociedade, aquelas repudiadas por suas atividades que por muitas vezes se originam na fome. Admiro demais a empatia e o respeito da Cora Coralina. Este poema me toca profundamente. Ele olha para aquelas mulheres que ninguém quer saber o que de fato sentem”

Conceição Evaristo

“Vozes Mulheres de Conceição Evaristo é profundo. Nos leva a várias gerações das quais nós, brancos, nunca saberemos de fato o que significa na pele. A poesia de Conceição Evaristo nos transporta para esse lugar que precisa muito ser dito, falado, debatido e sentido”.

Conceição Evaristo (em pé)/Foto: Arquivo Pessoal, Divulgação

Adélia Prado

“Admiro Adélia Prado pela sua nudez. Não esconde seus sentimentos profundos e humanos. Ela nos transporta para o mundo dela, fazendo ser nosso”.

Adélia Prado/Foto: Reprodução, Facebook, página oficial

Hilda Hilst

Hilda me toca pela sedução da sua ironia. Ela é uma poeta, uma mulher e mil causas num verso”.

Hilda Hilst/Foto: Exposição, Itaú Cultural, Divulgação

Nise da Silveira

Nise é uma daquelas mulheres que nascem para transformar realidades e jamais serem esquecidas por suas lutas. Sou fã do exercício que executou pela cura através da arte. Por sorte, tive a oportunidade de levar um olhar poético em seu instituto no Rio de Janeiro, onde compreendi que, mais que um verso, a palavra tem afeto, tem ‘liga’ e compromisso com o outro”

Nise da Silveira/Foto: Reprodução, Wikipédia

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