Paralelo 29

Saúde do solo: um novo horizonte para o agro

Professor Antonio Santi é diretor da ConnectFarm, sturtup do agronegócio/Foto: Divulgação

ANTONIO SANTI

santi@connectfarm.com.br

Diretor técnico da ConnectFarm e professor da UFSM*

A próxima revolução na agricultura virá do solo. Ou melhor: da saúde e da sustentabilidade onde se produzem alimentos.

Com muitas formas, variados nomes e desenvolvido a partir das características das mais diferentes regiões, a terra rica em nutrientes e que faz a nossa comida crescer é rara e preciosa.

Saber preservá-la e melhorar sua forma de uso significa ter uma lavoura longeva.

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Diante da demanda crescente por alimentos, a nutrição adequada do solo é garantia para se obter um bom potencial produtivo, seja qual for a cultura.

Em uma camada de zero a dez centímetros, habitam milhares de bactérias, vírus, protozoários, fungos, minhocas e insetos.

E, em uma área de um hectare desse pequeno mundo, podem habitar mais de dez mil espécies.

A diferença entre a poeira infértil e a terra viva depende diretamente da abundância e da diversidade desses organismos.

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Um sistema variado será responsável pela estruturação, retenção de água, reciclagem de nutrientes, proteção de plantas, promoção do crescimento vegetal e degradação de materiais orgânicos.

Portanto, quanto mais heterogêneo for esse microambiente, mais resultados virão. Solo bom é o que alimenta as plantas, ajudando no seu desenvolvimento.

Empresa da qual professor é diretor-técnico traz inovações para o agronegócio/Foto: Agência Brasil, Arquivo

É aquele que tem nutrientes capazes de manter um ambiente limpo e menos poluído, evitando a erosão e protegendo as plantas de danos.

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Para detectar com exatidão as diferenças de solos não percebidas em análises convencionais, surgiu o estudo das atividades enzimáticas.

Essas avaliações ajudam a determinar, por exemplo, o volume de fertilizantes necessários e a planta de cobertura mais adequada para determinada área.

Para fazer um paralelo, são como um exame de DNA do solo. Estamos diante de um recurso com enorme potencial transformador e que ainda está dando os primeiros passos no país.

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Ao lado da inteligência de dados, abrirá um novo horizonte para o agro. Contribuirá para que os produtores alcancem um resultado ainda melhor, de forma veloz e assertiva, e reforçará a vocação do Brasil em alimentar o mundo.

Virá do solo o próximo grande salto de produtividade do campo.

* Antonio Santi é diretor técnico da ConnectFarm e professor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) – Campus de Frederico Westphalen

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