O mês de março foi marcado por várias notícias de impacto em solo gaúcho. O Rio Grande do Sul enfrentou a fase mais grave da pandemia de coronavírus com recorde de mortes.
Em meio a um cenário dramático e crise econômica, o governo Eduardo Leite anunciou um auxílio emergencial gaúcho.
Também diante da situação da Covid, os Poderes se mobilizaram para socorrer os hospitais com recursos.
Em meio à pandemia, o governo tucano surpreendeu ao anunciar a privatização da Corsan, depois de ter prometido na campanha eleitoral que não venderia a estatal.
Já a CEEE Distribuição foi leiloada a um valor quase irrisório.
Esses são alguns destaques da coluna e que foram notícias no mês de março.
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RS enfrenta a pior fase da pandemia de Covid
Assim como o Brasil, o Rio Grande do Sul enfrentou, no mês de março, a fase mais aguda até aqui da pandemia de coronavírus.
Nem no inverno, o Estado viveu uma situação tão difícil com hospitais superlotados e o maior número de óbitos em 24 horas ocorreu em março.
Ao total, desde o início da pandemia, o RS já ultrapassou 20 mil mortes.
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Auxílio emergencial gaúcho
O governo Eduardo Leite (PSDB) anunciou, em março, um auxílio emergencial para os gaúchos mais prejudicados pela pandemia.
A proposta garante até R$ 100 milhões para repassar a trabalhadores que perderam emprego e empresas dos setores de alimentação e alojamento, além de mulheres chefes de família em situação de extrema pobreza.
Os repasses serão feitos em duas parcelas: de R$ 1 mil para empresas do Simples e de R$ 400 para microempreendedores individuais, desempregados e mulheres chefes de família.
O projeto está na Assembleia e precisa ser aprovado para o Piratini começar a pagar o benefício.
O auxílio foi um pedido de setores prejudicados pela pandemia e dos deputados, principalmente o santa-mariense Valdeci Oliveira (PT).
O petista é autor da proposta no Legislativo gaúcho da criação do Programa Emergencial de Renda Básica para amenizar os impactos da pandemia a trabalhadores e aos mais vulneráveis.
Ele, inclusive, apresentou o projeto detalhado ao governador Eduardo Leite, ainda em 2020.
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Poderes se unem para socorrer hospitais
Graças à mobilização dos Poderes, os hospitais receberam R$ 90 milhões para fortalecerem o atendimento à Covid-19.
Os recursos são resultados de uma articulação entre governo do Estado, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado.
A iniciativa partiu de uma reunião da Comissão de Saúde do Legislativo estadual com dirigentes de hospitais.
Dos R$ 90 milhões, R$ 70 milhões foram destinados pela Assembleia e pelo Judiciário. Os outros R$ 20 milhões são provenientes do governo do Estado.
Em Santa Maria, dois hospitais foram beneficiados com as verbas: o Regional com R$ 1,38 milhão, e a Casa de Saúde com R$ 84 mil.
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Governo anuncia privatização da Corsan
Depois de prometer na campanha eleitoral de 2018 que não privatizaria a Corsan e o Banrisul, o governador Eduardo Leite surpreendeu ao anunciar, em meio à fase mais aguda da pandemia, a privatização da companhia.
O chefe do Piratini utilizou como argumento a incapacidade financeira da estatal para comprimir as metas do Marco Regulatório do Saneamento.
Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) está na Assembleia Legislativa para tirar a exigência de plebiscito para vender Corsan, Banrisul e Procergs.
A privatização promete um grande embate não só por parte de sindicatos que representam os funcionários, mas de parte de prefeitos que, em manifesto, posicionaram-se contra a privatização, uma vez que afetará seus municípios.
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CEEE é vendida a preço de bagatela
Enquanto o governo ensaia a privatização da Corsan, a CEEE Distribuição foi vendida por apenas R$ 100 mil. A Equatorial Energia, que atua no Nordeste, foi a única concessionária a apresentar proposta pela estatal.
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Segundo o governo do Estado, junto, a Equatorial Energia herda R$ 4,4 bilhões em dívidas e compromisso de fazer investimentos.
Na troca de secretários estaduais, mãe assumiu lugar do filho
Depois ter feito algumas trocas de secretários no começo do ano, o governo Eduardo Leite (PSDB), fez novas alterações no primeiro escalão.
Na pasta da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, por exemplo, o deputado federal licenciado Covatti Filho (Progressistas) deixou o cargo para assumir o mandato em Brasília.
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Em seu lugar, assumiu sua mãe, a deputada estadual Silvana Covatti (Progressistas).
Já na Secretaria de Turismo, assumiu o suplente de deputado federal Ronaldo Santini (PTB), que até, então, ocupava o lugar de Covatti Filho na Câmara.
Ele entrou no lugar de Rodrigo Lorenzoni (Democratas), que foi para a prefeitura de Porto Alegre.