Paralelo 29

Giro pelo RS: a fase mais aguda da pandemia e outros temas

O mês de março foi marcado por várias notícias de impacto em solo gaúcho. O Rio Grande do Sul enfrentou a fase mais grave da pandemia de coronavírus com recorde de mortes.

Em meio a um cenário dramático e crise econômica, o governo Eduardo Leite anunciou um auxílio emergencial gaúcho.

Também diante da situação da Covid, os Poderes se mobilizaram para socorrer os hospitais com recursos.

Em meio à pandemia, o governo tucano surpreendeu ao anunciar a privatização da Corsan, depois de ter prometido na campanha eleitoral que não venderia a estatal.

Já a CEEE Distribuição foi leiloada a um valor quase irrisório.

Esses são alguns destaques da coluna e que foram notícias no mês de março.

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RS enfrenta a pior fase da pandemia de Covid

Assim como o Brasil, o Rio Grande do Sul enfrentou, no mês de março, a fase mais aguda até aqui da pandemia de coronavírus.

Nem no inverno, o Estado viveu uma situação tão difícil com hospitais superlotados e o maior número de óbitos em 24 horas ocorreu em março.

Ao total, desde o início da pandemia, o RS já ultrapassou 20 mil mortes.

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Auxílio emergencial gaúcho

O governo Eduardo Leite (PSDB) anunciou, em março, um auxílio emergencial para os gaúchos mais prejudicados pela pandemia.

A proposta garante até R$ 100 milhões para repassar a trabalhadores que perderam emprego e empresas dos setores de alimentação e alojamento, além de mulheres chefes de família em situação de extrema pobreza.

Os repasses serão feitos em duas parcelas: de R$ 1 mil para empresas do Simples e de R$ 400 para microempreendedores individuais, desempregados e mulheres chefes de família.

O projeto está na Assembleia e precisa ser aprovado para o Piratini começar a pagar o benefício.

O auxílio foi um pedido de setores prejudicados pela pandemia e dos deputados, principalmente o santa-mariense Valdeci Oliveira (PT).

O petista é autor da proposta no Legislativo gaúcho da criação do Programa Emergencial de Renda Básica para amenizar os impactos da pandemia a trabalhadores e aos mais vulneráveis.

Ele, inclusive, apresentou o projeto detalhado ao governador Eduardo Leite, ainda em 2020.

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Poderes se unem para socorrer hospitais

Graças à mobilização dos Poderes, os hospitais receberam R$ 90 milhões para fortalecerem o atendimento à Covid-19.

Os recursos são resultados de uma articulação entre governo do Estado, Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado.

A iniciativa partiu de uma reunião da Comissão de Saúde do Legislativo estadual com dirigentes de hospitais.

O Hospital Regional foi um dos beneficiados com recursos / Foto: Prefeitura de Santa Maria, arquivo

Dos R$ 90 milhões, R$ 70 milhões foram destinados pela Assembleia e pelo Judiciário. Os outros R$ 20 milhões são provenientes do governo do Estado.

Em Santa Maria, dois hospitais foram beneficiados com as verbas: o Regional com R$ 1,38 milhão, e a Casa de Saúde com R$ 84 mil.

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Governo anuncia privatização da Corsan

/Foto:Divulgação

Depois de prometer na campanha eleitoral de 2018 que não privatizaria a Corsan e o Banrisul, o governador Eduardo Leite surpreendeu ao anunciar, em meio à fase mais aguda da pandemia, a privatização da companhia.

O chefe do Piratini utilizou como argumento a incapacidade financeira da estatal para comprimir as metas do Marco Regulatório do Saneamento.  

Uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) está na Assembleia Legislativa para tirar a exigência de plebiscito para vender Corsan, Banrisul e Procergs.

A privatização promete um grande embate não só por parte de sindicatos que representam os funcionários, mas de parte de prefeitos que, em manifesto, posicionaram-se contra a privatização, uma vez que afetará seus municípios.   

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CEEE é vendida a preço de bagatela

Enquanto o governo ensaia a privatização da Corsan, a CEEE Distribuição foi vendida por apenas R$ 100 mil. A Equatorial Energia, que atua no Nordeste, foi a única concessionária a apresentar proposta pela estatal.

Grupo que comprou CEEE assumirá R$ 4,4 bi em dívidas

Segundo o governo do Estado, junto, a Equatorial Energia herda R$ 4,4 bilhões em dívidas e compromisso de fazer investimentos.

Na troca de secretários estaduais, mãe assumiu lugar do filho

Depois ter feito algumas trocas de secretários no começo do ano, o governo Eduardo Leite (PSDB), fez novas alterações no primeiro escalão.

Covatti Filho deixou governo Leite para assumir como deputado em Brasília/Foto: Câmara dos Deputados, Divulgação

Na pasta da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, por exemplo, o deputado federal licenciado Covatti Filho (Progressistas) deixou o cargo para assumir o mandato em Brasília.

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Em seu lugar, assumiu sua mãe, a deputada estadual Silvana Covatti (Progressistas).

Já na Secretaria de Turismo, assumiu o suplente de deputado federal Ronaldo Santini (PTB), que até, então, ocupava o lugar de Covatti Filho na Câmara.

Ele entrou no lugar de Rodrigo Lorenzoni (Democratas), que foi para a prefeitura de Porto Alegre.   

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