A prefeitura de Santa Maria diz que não vai divulgar a marca de água mineral alvo de apreensões na última terça-feira (13).
Na quarta-feira (14), o Paralelo 29 enviou questionamentos feito por leitos à prefeitura de Santa Maria, que respondeu no mesmo dia.
De acordo com a administração municipal, o Paralelo 29 poderá apurar a informação junto à Polícia Civil, que participou da operação.
Conforme a prefeitura de Santa Maria divulgou na terça-feira, a Vigilância em Saúde acompanhou uma ação da Polícia Civil para apreender galões de água mineral imprópria consumo.
A Polícia Civil apreendeu dois galões de 20 litros e outros 60 galões contendo água imprópria.
Após notificação da Vigilância em Saúde de Santa Maria, os proprietários de dois estabelecimentos descartaram o produto.
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Vigilância em Saúde acompanhou descarte do produto
Servidores e policiais acompanharam o descarte, que, segundo a prefeitura de Santa Maria, ocorreu sem resistência dos comerciantes.
Por outro lado, os galões apreendidos serão submetidos a análises químicas em laboratório.
Um dos estabelecimentos fica na região do bairro Passo da Areia, enquanto o outro está localizado na Cohab Santa Marta, no bairro Juscelino Kubitscheck.
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Nomes de estabelecimentos também não são informados
Da mesma forma, o Paralelo 29 perguntou quais eram os estabelecimentos e, igualmente, a prefeitura disse que não divulgará os nomes dos locais onde havia água mineral imprópria.
“Os nomes dos estabelecimentos não são divulgados porque, no momento em que é sanado o risco à saúde da população, não há utilidade pública em expor as empresas”, diz a resposta do Executivo municipal.
Na resposta, a prefeitura explica que notificou formalmente os estabelecimentos para cientificá-los da irregularidade do produto e para que descartassem a água, o que foi feito diante dos fiscais.
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Água seria de empresa de Alvorada
Em resposta a outro questionamento, a prefeitura explicou que, durante investigação de outro caso, houve a constatação de que a água fabricada pela empresa, sediada em Alvorada e “já interditada pela Vigilância Sanitária” da cidade, continua “altos índices de flúor, acima do recomendado”.
“Essa constatação partiu de uma análise solicitada pela Vigilância em Saúde de Santa Maria”, diz a resposta.
A prefeitura explica, ainda, que essa constatação partiu de uma análise solicitada pela Vigilância em Saúde de Santa Maria.
Explica também que repassou os dados ao Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS), que determinou o descarte dos produtos da empresa.
Por fim, o governo municipal diz que não pode falar sobre o inquérito, que está sob os cuidados da Polícia Civil.
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Investigação do caso começou em Santa Maria
A investigação começou em Santa Maria, a partir de servidores da Secretaria Municipal de Saúde.
Na matéria em que a prefeitura divulgou a operação, o superintendente de Vigilância em Saúde do Município, Alexandre Streb, conta que o órgão iniciou a investigação a partir de um surto de infecção intestinal entre alunos, pais e funcionários do Sesi (Serviço Social da Indústria).
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Níveis de flúor acima do recomendado
Foi a partir de um teste de laboratório que a Vigilância descobriu uma “alteração química importante” na água. No caso, os níveis de flúor, que estavam bem acima do recomendado.
O flúor é um componente natural utilizado na fabricação de pastas de dente. Usado em excesso, porém, poderá causar danos à saúde.
Alexandre Streb também esclareceu que o problema constatado na água mineral não tem relação com o surto ocorrido na época, entre o fim de 2019 e o início de 2020”.
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Água não estava relacionada a surto de infecção intestinal
Segundo o superintendente, “a fonte de contaminação dos casos de infecção intestinal não foi encontrada”.
Em 26 de março deste ano, uma força-tarefa estadual cumpriu três mandados para apreender água mineral em Alvorada e Gravataí.
Conforme notícia da operação, no site da Polícia Civil, o objetivo da operação era coibir envase, armazenamento e distribuição de água mineral “em desacordo com as prescrições legais”.
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Marca Vida Leve foi interditada
Por conta dessas irregularidades, o Estado havia interditado as empresas investigadas em 20 de janeiro deste ano.
A marca em questão é a Vida Leve, que, segundo as autoridades, . vinha de uma fonte de água interditada para comercialização.
A operação de março, que tinha ainda Ministério Público, órgãos de saúde municipais e estaduais e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), prendeu três pessoas.
Os lotes de água mineral Vida Leve imprópria foram identificados como os de número 736 e 737.
A partir de um perfil empresarial no Facebook, o Paralelo 29 entrou em contato com a empresa que se apresenta como distribuidora da marca Vida Leve no Estado e aguarda retorno.