A posição do PSL de Santa Maria sob a direção de Jader Maretoli e o futuro do vice-prefeito Rodrigo Decimo dentro da sigla são alguns dos destaques da coluna desta sexta-feira, 23 de abril.
Também são destaques a ressaca eleitoral do Progressistas depois da derrota à prefeitura e o silencio do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) em relação à lei do Kit Covid.
A coluna aborda, ainda, a polêmica da perda de vacinas, os diretores do IPE-Saúde, o novo técnico do Grêmio e o papel de Guilherme Cortez no governo Pozzobom.
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A posição do PSL sob comando de Jader
Ex-candidato a prefeito de Santa Maria pelo Republicanos nas eleições de 2020, Jader Maretoli deixou o partido ligado à Igreja Universal e ingressou no PSL, ex-sigla do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) .
De imediato, o empresário e pastor evangélico de 36 anos assumiu a presidência estadual da juventude do PSL e o comando da legenda em Santa Maria.
Então, as decisões na cidade passam, obrigatoriamente, por Jader, que é oposição ao governo Jorge Pozzobom (PSDB).
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Uma voz na Câmara de Vereadores
Igualmente, o único vereador do PSL no Legislativo, o comunicador Tony Oliveira, também é oposição.
Ambos apoiaram Sergio Cechin (Progressistas) na disputa com Pozzobom no segundo turno à prefeitura de Santa Maria.
Curiosamente, o atual vice-prefeito, Rodrigo Decimo, também é do PSL, portanto é governo.
Jader Maretoli diz que assumiu o partido para implantar um projeto de crescimento em Santa Maria e região, de acordo com o modelo da cúpula estadual do PSL.
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Incomodados que se retirem?
Conforme o presidente local, caso alguns membros da sigla não se identifiquem com esse projeto, será difícil buscar uma harmonia.
“Não entramos para fazer a caça às bruxas, porém vamos implantar um modelo de projeto político, torcemos para que todos os membros do PSL de Santa Maria possam concordar. Se não concordarem, ficam livres para fazerem suas escolhas, porém nós vamos ter implementar esse modelo para que haja o crescimento do PSL local e regional”, afirmou Jader à coluna.
O recado do presidente do PSL santa-mariense é bem claro: quem não se enquadrar no projeto, terá de pedir o boné.
Encaixa-se nessa situação o vice-prefeito, que é governo. Já o PSL é oposição e não participará da gestão de Pozzobom.
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Uma questão de tempo
O vice-prefeito Rodrigo Decimo aterrissou no PSL, talvez mais pelas circunstâncias do que pelas convicções, embora seja identificado com partidos de centro-direita.
Decimo se filiou ao PSL para concorrer a vice de Pozzobom e não tem proximidade e vivência dentro da sua sigla.
Até porque ingressou no PSL pouco antes da campanha e já, durante a disputa eleitoral, muitos dos seus membros se bandearam para o lado do candidato Sergio Cechin (Progressistas).
Não será surpresa a saída de Decimo do PSL e seu ingresso no PSDB. Nos bastidores, o empresário e engenheiro civil já é preparado para ser o sucessor de Jorge Pozzobom na disputa à prefeitura em 2024.
E, com a chegada de Jader Maretoli ao comando do PSL, reforçando a oposição ao governo Pozzobom, parece ser uma questão de tempo a saída de Decimo do partido.
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Primeiro ministro
Com a extinção da Casa Civil, Guilherme Cortez não detém o cargo mais poderoso do primeiro governo de Jorge Pozzobom (PSDB).
Contudo, ele continua desfrutando de muito prestígio junto ao governo, especialmente ao prefeito.
No balanco de 100 dias da segunda gestão, Pozzobom, inclusive, chamou Cortez de ” meu primeiro ministro”, ressaltando que, se todos os municípios tivessem um secretário como ele, faria muito diferença.
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10 anos como braço direito
Cortez trabalha há 10 anos com Pozzobom e é braço direito e homem de confiança do chefe do Executivo.
Partiu dele, a decisão de não ficar mais com a Casa Civil, já que havia muitos temas concentrados na pasta, e a ideia é descentralizar para dar mais agilidade às ações do governo.
A Casa Civil era sobrecarregada. Com a sua extinção, as funções foram distribuídas entre outras secretarias.
Mas Cortez continuará com poder e com peso nas decisões do núcleo ao redor de Pozzobom.
Por isso, ele, que hoje é assessor superior do prefeito, assumirá como novo procurador-geral do município.
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Progressistas vive, ainda, a ressaca eleitoral
O Progressistas vive, ainda, a ressaca eleitoral da derrota na eleição à prefeitura de Santa Maria.
O partido chegou a ser o favorito para vencer com Sergio Cechin, mas acabou derrotado por Jorge Pozzobom (PSDB).
Desde então, o Progressistas tem sofrido baixas. Os ex-vereadores Cida Brizola e Vanderlei Araújo, que não se reelegeram, deixaram a sigla.
A suplente Taís Nascimento, atual chefe de gabinete do vereador Tony Oliveira (PSL), também foi outra que saiu do partido.
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Presidente tem mandato prorrogado até agosto
Mas, segundo o presidente Mauro Bakof, novos integrantes foram filiados e em momento oportuno serão anunciados, depois que a pandemia de coronavírus arrefecer.
Por conta da pandemia, o mandato de Bakof foi prorrogado até agosto e poderá ser estendido por mais um período.
O presidente diz que, parte da sua meta foi atingida com a eleição da maior bancada no Legislativo.
São quatro vereadores: Anita Costa Beber, Coronel Vargas, Pablo Pacheco e Roberta Leitão.
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Candidato a governador conta com partido unido
Faltou a prefeitura, na qual o Progressistas apostou todas as fichas, abrindo mão de continuar na coligação com Pozzobom.
É normal, depois de uma derrota, partidos sofrerem ressaca eleitoral, só que, no caso do Progressistas, terá de sacudir a poeira, já que, logo ali à frente, em 2022, tem eleição.
E o candidato a governador Luiz Carlos Heinze conta muito com o partido do Coração do Rio Grande. E, de preferência, inteiro.
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População merece uma explicação sobre perda de vacinas
Ainda não há uma explicação plausível para a perda de vacinas. Só Santa Maria perdeu mais de 3,7 mil doses da CoronaVac em quatro lotes. Responsável pela produção, o Instituto Butantan culpou os profissionais de saúde que não souberam aplicar.
E, por isso, teriam rendido de oito a nove doses, e não 10, quantidade que cada frasco do imunizante possuía, como sustenta o instituto.
Os municípios, por sua vez, dizem que os frascos de vacinas já foram enviados do Butantan com menos doses.
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Anvisa tem obrigação de esclarecer
Como o problema foi detectado em várias cidades gaúchas e também do país me parece que não é um problema criado pelos municípios, muito menos pelos profissionais de saúde, que fazem um trabalho exemplar.
Caberá à Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarecer a situação, já que a população clama por mais vacinas diante da escassez de imunizantes no Brasil.
Por transparência, a Anvisa tem obrigação de dar uma explicação plausível diante da necessidade de não se perder vacina, um imunizante vital para salvar vidas na pandemia.
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Kit Covid continua dando pano para manga
O prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) não quis arcar com o desgaste de transformar em lei o projeto aprovado pela Câmara e que prevê a distribuição gratuita pela rede municipal de saúde dos medicamentos, entre eles cloroquina e ivermectina, para o tratamento precoce da Covid-19.
Sem comprovação científica da eficácia do tratamento precoce, o projeto Kit Covid foi aprovado pelos vereadores e enviado ao Executivo para Pozzobom transformar em lei.
Contudo, o prefeito silenciou e coube ao presidente da Câmara de Vereadores, João Ricardo Vargas (Progressistas), Coronel Vargas, sancionar a lei e arcar com o ônus em relação a um projeto tão polêmico.
Mesmo que parte da base de Pozzobom tenha votado a favor do Kit Covid.
Pozzobom também deixou o desgaste com a oposição, já que o autor do projeto do Kit Covid é o emedebista Tubias Calil, um dos críticos mais ferrenhos do governo tucano.
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Mesmo partido no cargo
O comando do IPE-Saúde tem sido exercido, nos últimos períodos, pelo Progressistas. E, normalmente, a ex-prefeitos.
No governo de José Ivo Sartori (MDB),o nome escolhido foi de Otomar Vivian (Progressistas), ex-prefeito de Caçapava do Sul.
Já na gestão de Eduardo Leite (PSDB), a direção do IPE-Saúde continuou com o partido.
Desta vez, assumiu o Progressistas Marcos Vinícius, ex-prefeito do município de Sentinela do Sul.
Com a saída de Marcus Vinícius da direção do IPE para assumir vaga na Assembleia Legislativa, mais um ex-prefeito progressista comandará a autarquia. E mais uma vez, é da região: Júlio Ruivo, de Santiago.
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Técnico do Grêmio na rede social de vereador
Ex-lateral do Riograndense, o vereador e líder do governo Jorge Pozzobom no Legislativo, Alexandre Vargas (Republicanos), publicou uma foto em sua rede social Facebook junto com o novo técnico do Grêmio, o santa-mariense Tiago Nunes, anunciado na quarta-feira ( 21).
Junto à imagem, Vargas parabenizou e desejou sorte ao conterrâneo como novo comandante do Tricolor.
“Tu mereces, meu amigo”, escreveu o vereador.