Entidades de Santa Maria participaram de um protesto, na manhã desta segunda-feira (26), contra o retorno das aulas presenciais no Estado.
O ato, em frente ao prédio da prefeitura de Santa Maria, foi convocado pelo Comitê Popular em Defesa da Vida, formado no sábado (24).
Participaram entidades do movimento social, associações sindicais e, principalmente, sindicatos de professores, como o Sinprosm (professores municipais), Sedufsm (professores da Universidade Federal de Santa Maria) e Cpers, que representa professores estaduais.
“Não é hora de pensar em retorno, mas em saúde pública. Por que não propor vacina para o trabalhador?”, cobrou o professor Leonardo Botega, diretor da Sedufsm.
Sedufsm diz que prefeitura deve discutir com entidades
Em nome da Sedufsm, o professor Leonardo Botega afirmou que “não é hora de pensar em retorno, mas em saúde pública”. E acrescentou: “Por que não propor vacina para o trabalhador?”, questionou.
Botega questionou por que o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) não chama as entidades para discutir o assunto.
A representante do Sinprosm, Juliana Moreira, disse que o retorno das aulas presenciais causará aglomerações em paradas de ônibus e no transporte coletivo, por exemplo.
Representante do Sinprosm chama a atenção para casos em crianças
Juliana embasou seu discurso em dados do Observatório da UFSM sobre a Covid. Segundo ela, houve 483 casos da doença entre crianças de zero a nove anos e duas mortes.
Já na faixa entre 10 anos e 19 anos, ela aponta que foram registrados mais de 1,3 mil casos e uma morte.
A vereadora Helen Cabral (PT), que é professora, também participou do ato e destacou que o Brasil vive o auge da pandemia. Esse cenário, segundo ela, reforça que as aulas não devem retornar.
Prefeitura aguardará comitê
A prefeitura de Santa Maria já havia decidido que as aulas nas redes municipal e privada não seriam retomadas nesta segunda.
Na sexta, a prefeitura garantiu que iria seguir a norma estadual, porém, as aulas só seriam retomadas depois de uma reunião do comitê local de monitoramento da Covid-19.
O governo estadual autorizou o retorno das aulas presenciais na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental.
Tribunal de Justiça decide nesta segunda sobre suspensão
No entanto, o Tribunal de Justiça do RS manteve a suspensão das aulas nesta segunda-feira, como estava previsto pelo governo.
Daqui há pouco, a partir das 18h, o TJRS deverá decidir recurso do governo estadual em ação movida pelo Cpers e por uma associação e mães e pais que defendem o retorno somente após a vacinação.
(Com informações da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Federal de Santa Maria – Sedufsm)