Paralelo 29

Morre Juici Passini, ex-presidente do PDT-SM

O corpo do ex-presidente do PDT Juici Marinho Passini, 74 anos, foi sepultado na tarde desta segunda-feira (26), no Cemitério Ecumênico Municipal de Santa Maria.

Passini, que iria faz 75 anos em junho, morreu na noite de domingo (25), no Hospital de Caridade Dr Astrogildo de Azevedo, onde estava internado.

Segundo o filho Joso, Juici Passini teve uma sequência de cinco AVCs (acidente vascular cerebral) nos últimos meses.

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Brizolista e sindicalista

O ex-dirigente pedetista foi um brizolista histórico e teve participação no movimento sindical.

Funcionário da Pepsi, ele presidiu o Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação, nos anos 80.

Pedetista histórico, Passini era um seguidor de Leonel Brizola, líder político do trabalhismo, como diz Henrique Heinz, em postagem no Facebook.

“Lembrei de nossas lutas, foram mais de 30 anos carregando nossas bandeiras. Ele foi um brizolista de cruz na testa”, escreveu Heinz, que era amigo de Passini há mais de três décadas.


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Diretor da antiga Companhia de Laticínios

Antigos e companheiros de PDT lembram que Juici presidiu a sigla em mais de uma ocasião nas décadas de 90 e 2000, quando teve bastante influência no partido e na política local e estadual.

Foi, também, diretor da antiga Companhia Riograndense de Laticínios e Correlatos (Corlac), no governo de Alceu Collares (1991 a 1994).

Hábil articulador, Passini conhecia bem os bastidores da política de Santa Maria, principalmente o PDT.

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Em 1989, articulação que mexeu com a politica local

Em 1989, o então dirigente fez uma jogada politica que mexeu com a cidade, levando para as fileiras do PDT o professor Fernando Trindade Pillusky, que havia conquistado uma cadeira na Câmara pelo PT nas eleições de 1988.

Em uma época em que mudanças partidárias eram muito bem pensadas, Pillysky deixou o PT, onde era visto como “desconhecido” por não ter uma militância orgânica, e foi para o PDT.

A partir daí, os passos de Pillusky na política eram dados com orientação de Passini. Assim, o vereador conquistou cargos importantes como a presidência da Câmara e a Coordenadoria Regional de Educação.

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Influência na política local e estadual

Os antigos diziam que Juici Passini sempre “tinha um vereador na Câmara”. Anos mais tarde, ele conseguiu eleger Isaias do Amaral Romero.

Nas negociações para a Mesa Diretora da Câmara, a presença do então militante pedetista era considerada indispensável. Foi assim que o PDT comandou o Legislativo em várias ocasiões.

Da mesma forma, Juici Passini influenciou outras tomadas de decisão do PDT, como as candidaturas e coligações para a prefeitura de Santa Maria.

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Rompido com o PDT, foi para o PL

Nos últimos anos, rompeu com o PDT e, ultimamente, estava filiado no PL, partido dirigido por seu primo e amigo, Miguel Passini.

“Ele me trouxe para a política. Foi um dos históricos do PDT, mas nos últimos tempos, a participação dele era mais à distância”, conta Miguel.

Além de político, Juici atuou na área empresarial da construção civil e teve casas de apostas em Santa Maria (bingos) e uma propriedade rural.

Casado com a professora Emilce Marques Passini, Juici deixa, além do filho Joso, as filhas Julice Passini Pasqualotto e Janine Marques Passini Lucht, e dois netos.

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