Manifestantes ligados a entidades estudantes, movimentos sociais, centrais sindicais e partidos políticos foram às ruas do país neste sábado (3), como em Santa Maria, para protestar contra o governo federal.
Os manifestantes pediram o impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Houve protesto em pelo menos 26 capitais e em grandes e médias cidades brasileira.
Servidor diz na CPI ter sofrido pressões para compra da Covaxin
Atos pediram impeachment
Além de Santa Maria (vídeo abaixo) e Porto Alegre, houve manifestações em Caxias do Sul, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande e Santa Cruz do Sul, segundo informações do site G1RS.
Desta vez, além de pedirem a responsabilização do presidente pelas mais de 520 mil mortes na pandeia, os manifestantes também protestaram por suspeitas de corrupção envolvendo o Ministério da Saúde e o processo de compra da vacina indiana Covaxin.
O Zeitgeist contemporâneo: pandemia operística e psicopatas espetaculosos
Educação e auxílio de R$ 600
Entre as reivindicações dos protestos estavam mais vacinas contra a Covid-19 para a população, a defesa da educação de qualidade e contra os cortes no orçamento federal para o setor em 2021, auxílio emergencial de R$ 600 e medidas de combate ao desemprego.
Esta foi a terceira manifestação nacional contra Bolsonaro este ano e veio reforçada por uma semana muito ruim para o governo com denúncias de cobrança de propina por vacinas.
Denúncias impulsionaram atos
O movimento se fortaleceu ainda mais com determinação da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), para abertura de inquérito visando apurar se houve prevaricação por parte do presidente ao ser avisado de suposto esquema de corrupção no Ministério da Saúde e não adotar providências.
LUDWIG LARRÉ: Os adoradores do mal assustam mais do que o mau em si
Afora isso, o Ministério Público Federal (STF) entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello por prejuízos aos cofres públicos com a compra de cloroquina, entre outros danos.
Na última quarta (30) partidos da oposição, ex-aliados de Bolsonaro, sindicatos e movimentos sociais protocolaram na Câmara dos Deputados um superpedido de impeachment do presidente apontando 23 possíveis crimes cometidos.
FABRÍCIO SILVEIRA: Bolsonaro genocida?
COMO FOI EM ALGUMAS CAPITAIS
PORTO ALEGRE
Na capital gaúcha, os manifestantes se reuniram à tarde em frente à prefeitura. Organizado por centrais sindicais, partidos de oposição e movimentos sociais levaram cartazes e faixas com pedidos de impeachment e críticas ao presidente. Os manifestantes caminharam pelas ruas do Centro Histórico com palavras de ordem. A manifestação terminou no Largo Zumbui dos Palmares.
RIO DE JANEIRO
O centro do Rio reuniu manifestantes pela manhã. Com faixas e cartazes, eles reivindicam entre outras ações, mais rapidez no processo de vacinação contra a Covid-19. Os manifestantes se concentraram no Monumento à Zumbi, próximo ao Sambódromo, na Avenida Presidente Vargas, de onde saíram em passeata até a Cinelândia.
PARALELAS: Terra no olho do furacão
RECIFE
No Recife, a manifestação começou no centro da cidade. O ato, promovido por entidades ligadas a movimentos sociais e estudantis, sindicatos e partidos políticos, pedia mais vacinas e testes para detecção da Covid-19. Os manifestantes se concentraram, por volta das 9h, na Praça do Derby. De lá, saíram em caminhada até a Avenida Conde da Boa Vista.
SÃO PAULO
Na cidade de São Paulo, a manifestação se concentrou principalmente na Avenida Paulista, no trecho em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), ocupando as duas faixas da via. Com cartazes e faixas, manifestantes pediram a saída do presidente Jair Bolsonaro, reivindicaram mais vacinas e se posicionaram contra o voto impresso. Policiais militares fizeram a segurança da manifestação, apoiados por viaturas e drones. Às 19h30min, o protesto ainda seguia.
Protestos contra Bolsonaro voltam às ruas do país
BRASÍLIA
Na capital federal, o ato ocorreu, em frente ao Museu Nacional. Por causa da pandemia de Covid-19, os organizadores recomendaram levar álcool em gel, usar máscara PFF2 e manter distanciamento.
(Com informações da Agência Brasil e do G1RS)