Os dois bombeiros que desapareceram no incêndio do prédio da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP), em Porto Alegre, continuam sendo procurados. O sumiço dos dois foi verificado durante o trabalho de rescaldo do incêndio que atingiu as instalações da SSP na noite dessa quarta-feira (14). Por volta da 1h desta quinta (15), eles não foram encontrados.
De acordo com o site G1RS, os bombeiros que sumiram são o tenente Deroci de Almeida da Costa, bombeiro há 22 anos, e o sargento Lúcio Ubirajara Munhoz, que estava há 31 anos na corporação.
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Governador e vice foram ao local
Assim que desembarcou no aeroporto da capital, na manhã desta quinta, o governador Eduardo Leite (PSDB) e o vice-governador e secretário de Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior (PTB) foram ao local, na rua Voluntários da Pátria, para acompanhar o trabalho dos servidores.
Após, foi realizada uma reunião para traçar as estratégias que serão tomadas daqui para frente, como a alocação dos serviços que funcionavam no prédio da SSP e a apuração das causas do incêndio, seguida de uma coletiva de imprensa para atualizar a população.
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Prioridade é encontrar bombeiros
“É um dia muito triste para nós no governo do Estado, por causa dessa tragédia. Todo nosso foco está na busca dos dois servidores desaparecidos. Encontrá-los é a absoluta prioridade das nossas equipes, inclusive dar assistência às famílias dos servidores”, frisou Leite.
Além disso, Leite destacou que, desde a noite de quarta (14), todo o governo trabalha para que não haja descontinuidade dos serviços de segurança e garantiu que todos seguem funcionando mediante soluções emergenciais, como o telefone 190 e o monitoramento de câmeras.
De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros Militar, coronel César Bonfanti, a corporação foi informada do incêndio às 21h30min e os primeiros agentes chegaram ao local cerca de cinco minutos depois, iniciando pelo trabalho de evacuação das pessoas, o que foi fundamental para preservar vidas, e depois no combate às chamas.
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Sargento que sumiu era voluntário
Os servidores desaparecidos estavam entre os primeiros a chegarem ao local, um deles é o tenente que comandava as guarnições no trabalho inicial e o outro, um sargento bombeiro que foi ao local de forma voluntária.
“Foram mais de 70 servidores envolvidos no combate às chamas. Fomos avisados às 21h30 e, cinco minutos depois, a primeira viatura chegou ao local, onde já havia um incêndio de grandes proporções. Imediatamente começamos a evacuação do prédio, pois a prioridade é sempre salvar vidas. As dificuldades de combate ao fogo foram grandes”, contou Bonfanti.
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Estrutura será demolida
Ranolfo destacou que, paralelamente às buscas aos agentes, equipes da Secretaria de Obras e Habitação, do Instituto-Geral de Perícias (IGP) e da Defesa Civil estão fazendo a avaliação técnica e estrutural do prédio.
“Estamos tomando as primeiras providências quanto à alocação dos servidores e também o destino que será dado em relação ao prédio como um todo. Depois que houver a liberação da equipe de investigação e da perícia, a nossa ideia é demolir a estrutura e construir uma nova secretária”, afirmou o vice-governador.
O Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI) do prédio foi aprovado em 6 de junho de 2018 e estava em execução.
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PPCI custou mais de R$ 1 milhão
De acordo com o governador, o governo investiu mais de R$ 1 milhão para aperfeiçoar o plano, incluindo melhorias no sistema hidráulico.
O cronograma de trabalho previa seis meses de execução, e estava, atualmente, no segundo mês.
“Havia, sim, um PPCI, mas isso não significa não haver incêndios. Significa ter um plano de contingência para prevenir e proteger as vidas, além de dar as condições de combate às chamas. O plano admite a possibilidade de incêndio, e determina o combate especialmente preservando vidas, como foi feito, com a evacuação imediata do prédio”, disse Leite.
Depois da entrevista coletiva concedida à imprensa, o governador e o vice-governador visitaram a sede do 9º Batalhão da Brigada Militar, em Porto Alegre, onde está funcionando provisoriamente o atendimento do 190.
(Com informações do governo do RS)