O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) informou neste sábado (24) que já há transmissão comunitária da variante Delta do novo coronavírus no Rio Grande do Sul.
Primeiramente detectada na Índia, essa variante teve os dois primeiros casos no Estado registrados na segunda-feira (19), em Gramado.
O conceito de transmissão comunitária ou local é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão. Ou seja, não é possível identificar de quem se contraiu a Covid-19.
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CASOS DA VARIANTE DELTA NO RS
1 – Gramado: confirmado pela Fiocruz
2 – Gramado: confirmado parcialmente pelo Cevs e vínculo epidemiológico
3 – Nova Bassano: confirmado pelo Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), no Rio de Janeiro
4 – Gramado: suspeita epidemiológica, aguardando retorno da Fiocruz
5 – Sapucaia do Sul: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
6 – Sapucaia do Sul: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
7 – Esteio: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
8 – Canoas: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs, aguardando retorno da Fiocruz
9 – Alvorada: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs; amostra será enviada amostra para Fiocruz
10 – Passo Fundo: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs; amostra será enviada amostra para Fiocruz
11 – Esteio: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs; amostra será enviada amostra para Fiocruz
12 – São José dos Ausentes: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs; amostra será enviada amostra para Fiocruz
13 – Sapucaia do Sul: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs; amostra será enviada amostra para Fiocruz
14 – Santana do Livramento: suspeita por sequenciamento genético parcial pelo Cevs; amostra será enviada amostra para Fiocruz
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Confirmados e suspeitos
Até o momento, foram confirmados três moradores do Estado com a variante delta. Os dois primeiros são de Gramado, têm vínculo e contraíram a Covid-19 no município. O terceiro caso, em Nova Bassano, é de um paciente que contraiu a doença em viagem ao Rio de Janeiro.
Além deles, o Estado registra outros 11 casos suspeitos: cinco com amostras em análise na Fiocruz (mais um de Gramado, também contactante do primeiro caso confirmado, dois de Sapucaia do Sul, um de Esteio e um de Canoas), e seis amostras que deverão ser enviadas ao laboratório carioca na segunda-feira (26), de residentes de Alvorada, Passo Fundo, Esteio, São José dos Ausentes, mais um de Sapucaia do Sul e um Santana do Livramento.
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Como é feita a identificação
O Cevs realiza, pelo Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) e pelo Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT), testes preliminares para a identificação de casos suspeitos, incluindo sequenciamento parcial.
As análises determinam se a amostra é uma provável variante de preocupação a partir da identificação de mutações específicas que são diferentes entre os tipos de vírus.
Ao serem enviadas para a Fiocruz, as amostras passam por um sequenciamento genômico completo, que fornece detalhes do perfil de mutações e classifica com precisão a linhagem de cada amostra.
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O QUE SE SABE SOBRE A DELTA
- A delta é uma das chamadas “variantes de preocupação”, pois são variações que trazem alguma mudança no comportamento do vírus
- A característica mais marcante da delta, já comprovada cientificamente, é a maior transmissibilidade.
- Quanto a gravidade, ainda não há evidências de que provoque uma doença mais ou menos agressiva em relação às outras linhagens.
• Clique aqui e leia o comunicado do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs).
Vacina protege, mas…
De acordo com a diretora do Cevs, Cynthia Molina Bastos, a confirmação do primeiro caso de Gramado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e o aumento de prováveis casos de contaminação por essa linhagem identificadas pelo Cevs indicam que há circulação comunitária.
Conforme Cynthia, a vacina protege contra essa variante, principalmente após a pessoa receber a segunda dose (no caso das vacinas que precisam de reforço). No entanto, a vacinação não impede que a pessoa se contamine e siga transmitindo o vírus.
“Por isso, é preciso manter todos os cuidados de proteção contra a Covid-19 independentemente de ter tomado a vacina, principalmente quem tem qualquer fator de risco para complicações da doença”, afirma a diretora.
(Com informações do governo do RS)