GILSON PIBER
Jornalista
O Dia do Motociclista é comemorado neste 27 de julho. E as tendências de mobilidade fizeram com que as motocicletas fizessem parte do cotidiano dos brasileiros como veículo de locomoção prático, versátil e econômico. Ainda mais para os trabalhadores nestes tempos de pandemia da Covid-19.
A indústria recebeu boas notícias com o reaquecimento da produção e da venda de motocicletas em 2021.
Dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) apontam que as vendas do veículo de duas rodas, no primeiro semestre deste ano, totalizaram 517.154 unidades.
GILSON PIBER: O desafio de vencer a fome*
Isso representa um aumento de 47,7% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 350.141 unidades foram comercializadas. Segundo a entidade, somente no mês de junho, foram produzidas 105.450 unidades, 35% a mais do que em junho de 2020, quando o número foi de 78.130.
Se a produção e as vendas foram reaquecidas, a cadeia de negócios paralelos também se aproveita disso. Empresas de peças, pneus, capacetes, roupas da indumentária de proteção, mecânicos, seguradoras, entre outros segmentos, pegam carona no processo.
De olho na segurança dos motociclistas trabalhadores, o Detran RS lançou uma campanha, na qual destaca a importância dos motoboys e das motogirls na pandemia e pede reconhecimento a esses profissionais, que passaram a trabalhar mais e sob grande pressão desde o último ano.
GILSON PIBER: Aprender com a derrota
Além da exposição ao vírus a que estiveram submetidos, também ficaram mais vulneráveis no trânsito devido ao aumento da demanda, mas também da concorrência.
O aumento do número de mortes no trânsito em 2020, entre duas rodas, teve aumento de 6% em relação a 2019, muito em função das tele-entregas e compras on-line.
Em 2021, conforme o Detran RS, a acidentalidade entre os motociclistas cresceu no Estado. De janeiro a abril, 138 pessoas morreram, quatro a mais do que no mesmo período de 2020 e 12 a mais do que os quatro primeiros meses de 2019, antes da pandemia.
PIBER: Incapacidade de ver e viver*
O Detran RS entende que o primeiro passo para um trânsito mais humano é o reconhecimento do outro como um igual, como alguém que tem os mesmos direitos de trafegar naquela via com segurança, seja ele pedestre, ciclista, motociclista, passageiro, motorista de carro, ônibus ou caminhão.
A campanha busca mostrar a face humana desses profissionais, aquela que não se consegue enxergar por trás do capacete (ou do preconceito), e promover uma convivência mais harmônica, não só no trânsito, mas, também, nas relações.
PIBER: PNE precisa avançar
Assim como uma atenção redobrada ao “ponto cego” quando dirigindo, sinalizar com antecedência as manobras no trânsito, não cairia mal um sorriso por baixo da máscara, um bom dia/boa tarde/boa noite e um muito obrigado quando receber entregas. Assista ao vídeo da campanha aqui.
*Com dados da HDI e do Detran RS
