Paralelo 29

Covid: Estado emite Avisos para todas as regiões do RS

Foto: José Mauro Batista, Paralelo 29

Após um mês sem Avisos e Alertas, todas as 21 regiões de monitoramento da Covid-19 no Rio Grande do Sul receberam Avisos por conta da pandemia.

Para que o Estado não volte a adotar restrições, como fechamento do comércio, o governo pede a atenção redobrada dos gaúchos, distanciamento social, higienização das mãos e uso de máscara de proteção facial. Outra recomendação fundamental é a vacinação contra a Covid-19. • Acesse dados e históricos das 21 regiões Covid.

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Desde julho de 2021 não havia Aviso conjunto

A última vez que o Estado emitiu Avisos conjuntos a todas as regiões do Estado foi em julho de 2021. O Aviso conjunto ocorre por conta da variante ômicron, que está se espalhando no mundo e no Brasil,

O Gabinete de Crise e o Grupo de Trabalho (GT) Saúde decidiram emitir 21 Avisos em reunião na manhã desta terça-feira (4), com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB) e do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior.

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Variante ômicron começa a mostrar sua cara

De acordo com o comunicado do governo gaúcho, o momento requer muita atenção. A variante delta, que pressionou bastante o sistema de saúde no continente europeu, não trouxe tantos problemas ao Rio Grande do Sul. Contudo, a variante ômicron vem se mostrando bastante transmissível, “sendo um potencial perigo ao Rio Grande do Sul”.

Conforme o governo gaúcho, os primeiros estudos indicam que a ômicron pode ser menos letal e causar menos casos de síndrome respiratória aguda grave, mas tem apresentado quadros de pacientes com febre alta e demandando cuidados de saúde. Em outras palavras: poderá aumentar as hospitalizações e causar problemas ao sistema de saúde.

“Isso, por consequência, em âmbito regional, pode aumentar o fluxo de pacientes que precisem de cuidados na rede de atenção primária, como as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Pronto Atendimento de algumas regiões do Estado, bem como em leitos clínicos e de UTI, diz o governo do Estado.

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Explosão de casos nos EUA e na Europa servem como sinal

O Gabinete de Crise ainda destacou que, nos últimos dias, diversos países têm registrado recordes de novas contaminações de Covid-19, algumas alcançando a maior incidência de casos de toda a pandemia.

Os Estados Unidos, por exemplo, bateram o recorde de um milhão de casos novos de Covid-19 nesta segunda-feira. Esse número é praticamente o dobro do recorde anterior, de 590 mil caos diários registrados há apenas quatro dias.

O governo do Estado leva em conta o fato de janeiro e fevereiro serem meses de veraneio e de férias de grande parte da população. Isso favorece maior circulação de pessoas entre as diversas regiões do Estado, para fora do Estado e do país. Da mesma forma, pessoas vêm para o Rio Grande do Sul.

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Sistema 3As vigora desde maio do ano passado

O sistema 3As (Aviso, Alerta e Ação) substituiu o de bandeiras, que deixou de existir em maio do ano passado. Pelo sistema 3As, as regiões são monitoradas diariamente pelo GT Saúde. Quando surge algum sinal de risco, o Gabinete de Crise se reúne e emite um Aviso. Ou seja, chama a atenção da região e pede que se redobre cuidados.

O Alerta ocorre quando se detecta alguma situação mais grave, que confirme uma tendência de novas infecções, por exemplo. Em caso de Alerta, a região terá 48 horas para responder e apresentar um plano de ação, intensificando a fiscalização dos protocolos sanitários. Nessa fase, já começam as restrições.

Se o Gabinete de Crise considerar a resposta adequada, o plano de ação é aplicado. Se o plano não for considerado adequado, o governo estadual poderá estipular medidas adicionais. Confira os protocolos obrigatórios e recomendados do Sistema 3As de Monitoramento.

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Máscara e outras medidas sanitárias

Diante do cenário de avanço da pandemia, o Gabinete de Crise considerou necessário redobrar os cuidados de prevenção da Covid-19. Ou seja, os gaúchos devem adotar cuidados sanitários (lavar as mãos), distanciamento social e uso de máscara, entre outros.

Uso de máscara não deve ser abandonado pela população para evitar nova variante/Foto: João Alves, SEC, PMSM

No caso do RS, dados recentes da Secretaria da Saúde (SES) apontam para um aumento de casos confirmados nos últimos dias, tendo saltado de uma média diária de 5,7 a cada 1 milhão de habitantes em 26 de dezembro de 2021 para 75,9 em 3 de janeiro de 2022.

Esse aumento pode ser explicado em parte devido a atrasos de registro no sistema gerados pelos feriados de Natal e Ano-Novo, mas o aumento dos números é consequência também do aumento da transmissão.

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Vacinação de crianças

Conforme a Secretaria da Saúde, ainda não há, no Brasil, disponibilidade de vacina autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para crianças entre cinco e 11 anos.

No entanto, já começou  o trabalho de capacitação em boas práticas dos vacinadores e montou um grupo de trabalho que será responsável por organizar a operação em relação à estrutura, horário de atendimento, monitoramento de eventos adversos e esclarecimento de dúvidas da população.

“Assim que houver uma sinalização de que a vacina será incorporada ao Plano Nacional de Imunização e de que as vacinas chegarão ao Estado, iniciaremos o processo de vacinação de forma segura”, reforçou o governador.

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RS segue orientação da Anvisa

No final de dezembro, a SES determinou que a vacinação contra a Covid-19 será estendida a todas as crianças de cinco a 11 anos que se apresentarem, acompanhadas pelos pais ou responsáveis, em todos os pontos de vacinação organizados no Sistema Único de Saúde (SUS), sem exigência de prescrição médica.

A decisão foi pactuada pelos integrantes da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e segue a aprovação da Anvisa para o uso da vacina Comirnaty (Pfizer/Wyeth) para imunização dessa faixa etária.

(Com informações do governo do RS)

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