Paralelo 29

Mãe pede resposta para assassinato do filho morto com tijoladas

Foto: Reprodução, Facebook

A dona de casa aposentada Rosa Maria Piegas de Souza, 73 anos, espera uma resposta para a morte do filho, agredido a tijoladas na última quinta-feira (21), feriado de Tiradentes. Fábio Piegas de Souza, 41 anos, acabou morrendo no domingo (24), no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).

Segundo Rosa, Fábio trabalhou na Prefeitura de Santa Maria, como servidor da Secretaria de Assistência Social, mas atualmente estava em licença saúde pelo Instituto Nacional de Previdência Social em tratamento em função de dependência química. Ele também cursava Técnico em Enfermagem.

Fábio tem um filho de 16 anos e mantinha um bom relacionamento com a mãe do garoto e com o atual esposo dela. Conforme Rosa, o neto está bastante abalado com a morte do pai.

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“Há uma banalização da vida”, desabafa mãe de vítima

“Não entendo o motivo dele ter sido assassinado. Espero que a gente tenha uma resposta. Há uma banalização da vida, se mata por qualquer motivo ou mesmo sem motivo”, desabafa a mãe de Fábio.

Rosa, que tem outros dois filhos, chegou a ver o filho na CTI do Husm, mas não pode ver o rosto do rapaz, já que ele estava com bandagem e curativos para as lesões. Ela ficou sabendo que o filho havia sido agredido por meio de uma ligação de funcionários do Husm.

“Santa Maria está muito violenta, estão ocorrendo muitos assassinatos e ninguém faz nada. A gente se sente impotente”, diz a mãe da vítima.

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Delegacia de Homicídios investiga agressão

O delegado Gabriel Gonzales Zanella, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) de Santa Maria, disse ao Paralelo 29 que os três últimos assassinatos ocorridos na cidade estão sendo investigados.

“Estamos trabalhando muito e avançando”, disse o delegado, que não pode dar detalhes das investigações para não atrapalhar o trabalho policial.

Por enquanto, não há informações sobre quais motivos teriam levado à agressão contra Fábio, que morava com a mãe, no Bairro Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, região Norte de Santa Maria.

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Desmaiado e com o rosto desfigurado

De acordo com o primeiro registro policial, a Brigada Militar encontrou Fábio caído em via pública, na Rua Pedro Ritzel, no Bairro Carolina, zona Norte de Santa Maria, na manhã de 21 de abril.

A vítima estava desmaiada e com o rosto bastante machucado. A agressão teria sido praticada com um tijolo. Quando a Polícia Militar chegou, socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) já estavam encaminhando Fábio para o Husm. Ele só foi identificado depois.

No registro da Brigada Militar consta que a vítima tinha uma tatuagem no braço esquerdo com a inscrição “Just for a day”, que, traduzida, significa algo como “apenas por um dia”.

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Amigos lamentam: “Era um guri bom”

Nas redes sociais, amigos lamentam a morte de Fábio Piegas, considerado uma pessoa “de bom coração”. Dois amigos da vítima contatados pelo Paralelo 29 confirmaram que Fábio “era um guri bom” e que “só fazia mal a ele mesmo”.

Durante um período, ele participava de confraternizações com amigos, mas não consumia nem bebida alcoólica. Em seu perfil no Facebooik, há mensagens religiosas. A vítima também teria trabalhado como monitor em fazendas terapêuticas durante o período em que esteve em recuperação.

Mensagem religiosa no perfil de Fábio Piegas/Foto: Reprodução, Facebook

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Testemunha diz ter ouvido gritos de mulher

No Boletim de Ocorrência (BO), os policiais militares relataram que uma testemunha informou que teria ocorrido uma briga nas redondezas por volta das 4h e que uma mulher gritava: “para, para, para, não faz isso”. O agressor teria fugido para Rua das Rosas, que fica no mesmo bairro.

Piegas morreu à 1h50min deste domingo. O corpo foi encaminhado para o posto local do Departamento Médico Legal (DML) para necropsia.

Afora o caso de Fábio, que começou a ser investigado como tentativa de homicídio e, com a morte da vítima, passa a ser tratado como homicídio, a Polícia Civil também está apurando o duplo assassinato de um casal.

Esse duplo homicídio ocorreu na Vila Oliveira, Bairro Passo D´Areia, zona Centro-Oeste da cidade, também no feriado de Tiradentes, porém à noite. As vítimas morreram com tiros em frente à casa em que moravam.

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