DIOMAR KONRAD – Publicitário
Em vista das discussões sobre o clima, considero importante apresentar os parâmetros do envolvimento sustentável, premissa básica para tornar o planeta mais bem-humorado e no qual as relações não estejam minimamente poluídas.
O amor e o carinho são energias limpas, que provocam bem-estar, autoestima e irradiam alegria, desde que bem conduzidas ambientalmente.
Apesar de serem energias autossustentáveis, também podemos considerá-las eólicas (visto que acontecem ao sabor do vento) e térmicas (pois geram calor e afeto).
Porém, nem por isso são totalmente compreendidas pelos que a usam diariamente. Torna-se imperativo, então, definir em que fundamentos está baseada a ideia do envolvimento sustentável.
DIOMAR: Os títulos
Um primeiro ponto a ser observado é que, para que a relação esteja dentro de parâmetros sustentáveis, os dois (ou mais) participantes devem ter uma forma de sustento, evitando parasitismos.
Admite-se, por determinado prazo, que um esteja estudando para obter um ganho futuro, tendo esta proteção prazo de validade, sob o risco de haver jubilamento, em ambos os sentidos.
O segundo ponto é que a relação, em si, deve ser autossustentável, apesar de estar cercada por um ecossistema poluente (famílias, amigos, colegas), que fazem de tudo para evitar que a mesma tenha sua identidade própria. Se não for assim e se ficar moldada ao que os outros dizem, esgota em pouco tempo os recursos naturais que a sustentam.
CRÔNICA: E o Bento navegou
O terceiro ponto é que a relação deve ser entendida como algo que existe, mas não anula a individualidade dos seus componentes, que devem poder continuar sobrevivendo sem ela, em caso de rompimento.
Geralmente as pessoas não entendem que, ao assumir determinado compromisso, este não é simplesmente a soma dos dois, mas um terceiro elemento a ser construído – um transgênico – que geneticamente muda o comportamento dos dois, via acordos, imposições e cedências, mas que não deveria anular o que cada um tem em si, sob pena de, extinta a relação, saia cada um por lado, cambaleando, desnutrido, à mercê de predadores. A bem da verdade, quem caça e sobrevive do resto de relações desmanchadas podia até ser considerada uma subespécie. O debate está aberto.