Paralelo 29

Lei do Jesma: um golaço em defesa da Educação

Foto: Alex Caceres, SEC, PMSM

WILLIAN OWERGOOR – Licenciado em Educação Física pela UFSM

            

Há poucos dias escrevi um artigo a respeito dos Jogos Escolares de Santa Maria (JESMA), bem como sua importância no processo educacional em nosso munícipio.

Nele, pontuei algumas questões que a competição traz de forma positiva, tais como a formação de valores como trabalho em equipe, assim como a oportunidade de conhecer novas modalidades esportivas e também manifestações culturais. No encerramento deste, deixei como sugestão ao poder público rever o investimento no esporte educacional e elencá-lo como uma prioridade, tamanho o benefício que o mesmo traz para a sociedade.

Pois bem. Na quinta feira, dia 23 de junho, a Câmara Municipal de Vereadores aprovou o projeto de lei 9434|2022, que  insere os Jogos Escolares de Santa Maria no calendário de eventos do munícipio de forma permanente.

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O projeto, que instiui a olimpíada como evento oficial permanente do munícipio, tem em seu texto, no que diz respeito ao objetivo “estimular às práticas desportivas, a integração social, saúde  preventiva e a cidadania, bem como despertar o interesse pelo ideal olímpico nos participantes”.

O  referido projeto me faz pensar que, além de estimular todos esses ideiais e valores nos estudantes, os JESMA passam a ser, agora oficialmente, uma importante ferramenta no combate a outro grave problema social que atinge nossa educação: a evasão escolar.

Não são poucos os casos de alunos- principalmente na rede pública – que ainda frequentam os bancos escolares apenas para poder defender as equipes das instituições de ensino em que estão matriculados na competição, e quem sabe assim um dia realizar o sonho de se tornar um grande atleta da sua modalidade esportiva preferida.

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Este ponto inclusive, obviamente que não com as mesmas palavras que utilizei, foi abordado na discussão do projeto por uma vereadora.

Então, com base nisso, como essa lei poderá caminhar no mesmo trilho do combate ao abandono das salas de aula? A resposta é simples. Basta condicionar a participação nas equipes a frequência e desempenho na sala de aula.

Para participar da competição, o aluno deverá ter boa frequencia, bom comportamento e desempenho satisfatório. E antes que alguém interprete essa sugestão como uma imposição, eu esclareço que tal idéia vem mais como motivação, que leve o aluno a pensar da seguinte forma se eu quiser jogar, preciso ir bem na escola.

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Logo, mesmo que o principal objetivo seja disputar a olimpíada escolar, indiretamente trará melhoras nas demais disciplinas, pois demandará esforço e dedicação igual para todos os componentes do currículo.

Por fim, deixo aqui os parabéns a todos os vereadores, que aprovaram o projeto por unanimidade e sim, marcaram um golaço a favor da educação.

E para a Secretaria de Município de Esporte e Lazer mais uma sugestão: que retome  também a Copa EJA, que reunia alunos da educação de jovens e adultos em uma integração por meio do esporte, e assim, traga mais pessoas que por uma circunstância ou outra não tiveram acesso ao ensino na sua idade regular, e com isso, consigamos marcar mais um ponto na partida a favor de crianças, adolescentes, jovens e adultos de nossa cidade.

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