Paralelo 29

Agente penitenciário mata petista por motivo político no Paraná

Foto: Reprodução, UOL

Um agente penitenciário apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiu uma festa de aniversário e matou um dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR), que celebrava seus 50 anos, na noite de sábado (9).

Conforme o site UOL, o agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu a festa, que era realizada no salão de festas de uma associação, e matou a tiros o guarda municipal Marcelo Aloízio de Arruda, que comemorava seu aniversário com familiares e amigos.

De acordo com o UOL, Arruda era filiado ao PT e era tesoureiro do partido em Foz do Iguaçu. A festa de 50 anos tinha uma celebração temática com bandeiras e cores do partido e a foto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência da República e líder das pesquisas de intenção de voto.

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Atirador chegou gritando: “Aqui é Bolsonaro”, diz site

Conforme o site G1, Guaranho chegou ao local gritando “Aqui é Bolsonaro!” O aniversariante também estava armado e reagiu assim que levou o primeiro tiro. O invasor, então, desferiu um segundo tiro.

Em um primeiro momento, a Polícia Civil do Paraná informou que Guaranhos também havia morrido, mas, em seguida, disse que ele estava hospitalizado.

Em nota, a Prefeitura de Foz do Iguaçu, disse que a vítima era integrante da primeira turma da Guarda Municipal e estava nessa função havia 28 anos. O guarda municipal também era diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu (Sismufi).

Arruda deixa a esposa e quatro filhos. A Polícia Civil está investigando o ataque. Já se sabe, no entanto, que o crime teve motivação política. Assassino e vítima não seriam conhecidos.

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PT culpa Bolsonaro por violência política

Em reportagem publicada em seu site, o PT culpa Bolsonaro pela “escalada de violência” política no país e elenca vários episódios, entre eles um ataque com bomba caseira em um ato político de Lula na Cinelândia, no Rio de Janeiro, na noite da última quinta-feira (7). A polícia prendeu um suspeito desse atentado.

Arruda era guarda municipal e tesoureiro do PT/Foto: PMFI, Divulgação

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Bolsonaro espera reviravolta no caso da facada

Em 6 setembro de 2018, o então pré-candidato a presidente da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, levou uma facada durante um ato político de campanha, em Juiz de Fora (MG). O autor da facada, Adélio Bispo, está preso desde o dia do atentado. Investigações da Polícia Federal descartaram que o ataque tenha sido planejado por adversários do atual presidente e sustentam que Adélio, que tem problemas mentais, agiu sozinho.

Bolsonaro, no entanto, segue afirmando que a facada foi planejada por adversários. Em manifestação na semana passada, segundo o site Metrópoles, Bolsonaro afirmou que espera “uma reviravolta” no caso Adélio nos três meses que antecedem as eleições presidenciais deste ano.


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Pré-candidatos se manifestam

Até a pouco não havia manifestação de Bosonaro sobre o assassinato do dirigente petista no Paraná, assim como o partido dele, o PL, ainda não se manifestou em sua fanpage. Líder nas pesquisas, Lula se solidarizou com familiares da vítima e defendeu o diálogo e a tolerância. Lula culpou Bolsonaro “pelo discurso de ódio”.

Os outros pré-candidatos a presidente se manifestaram em suas redes sociais condenando a violência política. Terceiro colocado nas pesquisas, atrás de Lula e de Bolsonaro, o candidato do PDT, Ciro Gomes, criticou “o ódio político”.

Já a senadora Simone Tebet (MDB) disse que o episódio em Foz do Iguaçu deve “soar um alerta” “para que não se admita mais demonstrações de intolerância, ódio e violência política”. André Janones (Avante) e Luciano Bivar (União Brasil) também lamentaram o assassinato.

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