A Secretaria da Saúde (SES) confirmou nesta quinta-feira (28) o quinto caso de monkeypox no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma moradora do Caxias do Sul. Ela não tem histórico de viagem, e no momento é investigado um possível contato com pessoas que tenham viajado e apresentado sintomas. A doença é conhecida como varíola dos macacos, embora o animal não transmita o vírus para humanos.
O teste para a confirmação foi realizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde por exames de identificação genética do vírus. A paciente já passou por atendimento médico e seguirá sendo monitorada, assim como seus contatos, pela SES e Secretaria de Saúde do município.
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CENÁRIO NO RS
Casos confirmados:
• Porto Alegre: três homens (sendo um deles, residente do exterior em viagem à cidade)
• Uruguaiana: uma mulher
• Caxias do Sul: uma mulher
Varíola dos macacos: OMS declara emergência internacional de saúde
Brasil tem 978 casos confirmados
Já o Brasil registra, até o momento, 978 casos confirmados da varíola dos macacos, segundo dados do Ministério da Saúde, divulgados nesta quinta-feira. Dois casos gaúchos não estão nesses dados do ministério.
Os casos estão concentrados nos estados de São Paulo (744), Rio de Janeiro (117), Minas Gerais (44), Paraná (19), Goiás (13), Bahia (5), Ceará (4), Rio Grande do Sul (5), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (3), Tocantins (1), Mato Grosso (1), Acre (1), Santa Catarina (4) e no Distrito Federal (15).
Segundo o ministério, está sendo executada uma articulação direta com os estados para monitoramento dos casos e rastreamento dos contatos dos pacientes.
A varíola dos macacos foi declarada emergência de saúde pública de interesse internacional pela Organização Mundial de Saúde (OMS), no sábado (23).
A decisão foi tomada baseado no aumento de casos em vários países, o que aumenta o risco de uma disseminação internacional.
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Que doença é essa?
A monkeypox é uma doença causada por um vírus, que foi diagnosticada e identificada pela primeira vez na década de 60. Primeiramente, foi identificada em macacos e, por isso, ficou conhecida como “varíola dos macacos”.
Essa doença tem caráter endêmico em alguns países da África Central e da África Ocidental. Ao longo da história da saúde pública mundial, houve surtos em alguns países, como, por exemplo, nos Estados Unidos, mas com poucos casos. Neste ano, no entanto, foi identificado o primeiro grande surto em países não endêmicos, ou seja, países que não são da África Central e da África Ocidental, com circulação sustentada do vírus.
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Principal forma de transmissão
A principal forma de transmissão é por meio do contato por pele com pele, secreções ou por objetos pessoais do paciente infectado. O período de incubação (tempo entre o contágio e o aparecimento de sintomas) é de geralmente 6 a 13 dias, mas pode chegar a até 21 dias. Inicialmente, a pessoa apresenta febre, dor de cabeça intensa, dor nas costas e inchaço nos linfonodos (no pescoço, axila ou virilha). Lesões na pele costumam a surgir mais frequentemente na face e extremidades.
Considerando que a transmissão ocorre por contato direto prolongado com pessoas infectadas e/ou por objetos contaminados (como toalhas, lençóis, talheres) recomendam-se como formas de prevenção o isolamento dos doentes (com uso de máscara) e a intensificação de medidas de higiene individuais (lavagem de mãos) e ambientais (desinfecção de superfícies de toque do paciente).
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Outras recomendações aos pacientes
Os pacientes diagnosticados devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado e manter as lesões cutâneas limpas e secas.
• Mais informações com orientações sobre a doença, prevenção e notas técnicas direcionadas aos serviços de saúde estão disponíveis no site da Atenção Básica da SES no link https://atencaobasica.saude.rs.gov.br/monkeypox.
(Com informações do governo do RS)