Uma operação coordenada pelo Ministério Público do RS interditou dois frigoríficos, um deles em Caçapava do Sul, na manhã desta quarta-feira (17), por desobediência à legislação ambiental e às normas sanitárias, além de ameaças a veterinários e fiscais.
O outro frigorífico fica no município de Encruzilhada do Sul, no Vale do Rio Pardo. Ambos pertencem ao mesmo proprietário e estavam sendo investigados.
A operação, que teve a participação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), foi desencadeada a partir da informação de que os dois frigorifico intimidavam veterinários e responsáveis pela fiscalização.
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Reinterdição em Caçapava do Sul
O frigorífico de Caçapava do Sul, que possui selo de inspeção federal, estava realizando a intimidação de fiscais do Mapa, inviabilizando o trabalho no local. Depois de um período de interdição, o frigorífico voltou às atividades nesta quarta-feira, e já apresentou irregularidades, principalmente, com péssimas condições sanitárias.
O órgão federal decretou a reinterdição do local pelo descumprimento às normas sanitárias. Já a Fepam emitiu auto de infração pelo não cumprimento de exigências ambientais anteriores. O frigorífico ficará com suas atividades suspensas até que as adequações solicitadas pelo Mapa sejam realizadas.
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Estabelecimento de Encruzilhada também tem problemas
No frigorífico de Encruzilhada do Sul, além da intimidação do veterinário do município, a colocação dos selos de inspeção estadual nas carnes estava incompleta.
Os selos presentes nas carnes poderiam ser facilmente violados. O termo de interdição foi lavrado pela Fepam, por desobediência à legislação ambiental. As atividades do frigorífico estão suspensas até a comprovação da regularização.
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Poluição ambiental
Entre as irregularidades constatadas, havia dois pontos clandestinos de lançamentos de efluentes em um curso de água, além de excrementos, resíduos de abate de animais e resquícios de sangue em local inadequado.
Pelo MPRS, a Operação Frigos foi conduzida pelos promotores de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho e Mauro Rockenbach, servidores da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) – Segurança Alimentar.
(Com informações do MPRS)