Paralelo 29

Rio Grande do Sul chega a 50% da meta de vacinação da pólio

Foto: João Alves, SEC, PMSM

Com 277.741 doses aplicadas até a terça-feira (13), o Rio Grande do Sul atingiu 50% da meta estabelecida na Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite 2022.

A meta é vacinar 95% das crianças gaúchas de um ano a quatro anos, 11 meses e vinte e nove dias, totalizando 553.814 crianças. No Estado, 182 municípios já alcançaram a meta.

A secretária estadual de Saúde, Arita Bergmann, em entrevista à Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert), avaliou positivamente os números, mas reforçou que é necessário avançar na campanha.

“Não temos no Rio Grande do Sul casos de poliomelite, mas não podemos dar chance para o azar”, advertiu a secretária, pedindo que pais e avós levem os filhos e netos para as Unidades Básicas de Saúde.

No Brasil, até a mesma data, foram vacinadas 4.952.411 crianças, o que representa 42% da meta nacional. A Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite seguirá até 30 de setembro.

Os dados da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite 2022 podem ser acompanhados no link: https://infoms.saude.gov.br/extensions/Poliomielite_2022/Poliomielite_2022.html

Queda nas coberturas

Índices de vacinação abaixo das metas preconizadas pelo Ministério da Saúde aumentam os riscos para doenças imunopreveníveis, como coqueluche, poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningite meningocócica e pneumocócica, gastroenterite por rotavírus e hepatites A e B, entre outras.

Considerando o calendário básico de vacinação infantil, nos últimos cinco anos, as metas preconizadas pelo Ministério da Saúde não foram atingidas.

Os dados de 2021, considerados ainda parciais, indicam que o Rio Grande do Sul ficará abaixo das metas preconizadas. A vacina contra a poliomielite não alcançou nos últimos anos, no Rio Grande do Sul, a meta de 95% de cobertura. A análise da série histórica das coberturas vacinais de 2017 a 2020 tem variado entre 75% e 86%.

A doença

Poliomielite, ou paralisia infantil, é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por via fecal-oral (através do contato direto com as fezes ou com secreções expelidas pela boca das pessoas infectadas), podendo atacar o sistema nervoso e provocar paralisia flácida aguda, principalmente em membros inferiores.

ESQUEMA DO CALENDÁRIO BÁSICO INFANTIL

• Vacina Poliomielite 1,2,3 inativada (VIP)
Dose: 0,5 mL via intramuscular
Esquema: três doses (aos 2, 4 e 6 meses)

• Vacina Poliomielite 1,3 atenuada (VOP – gotinha)
Dose: duas gotas, por via oral
Esquema: reforço aplicado aos 15 meses de idade e aos 4 anos

Situação crítica de risco


Uma análise da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em 2021 identificou que o Brasil é um dos países da América com alto risco reintrodução do vírus da poliomielite, ao lado de outros cinco países (Bolívia, Panamá, Paraguai, Argentina e Equador). Quatro apresentam situação de risco muito alto: Haiti, Venezuela, Peru e República Dominicana

No Rio Grande do Sul, a análise demonstrou um cenário preocupante, onde 42% dos municípios gaúchos encontram-se em risco muito alto e 32% em risco alto. Ou seja, em 367 municípios do Estado (74%) há um grande risco de voltarmos a ter casos de pólio.

Para a análise de risco considera-se cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e alguns determinantes de saúde como acesso à água potável e à rede esgotos.

Com isso, reforça-se a necessidade de manter ações permanentes e efetivas de vigilância da doença e níveis adequados de proteção imunológica da população.

(Com informações do governo do RS)

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