Paralelo 29

Minissérie Dahmer na Netflix é baseada na vida do canibal de Milwaukee

Foto: Divulgação

CUCA VICEDO – Publicitária e comentarista de Cinema

Com certeza você Já ouvir falar na minissérie que está em alta e despertando curiosidade do grande público assinante do streaming Netflix, Dahmer: um canibal americano (Monstro: A História de Jeffrey Dahmer) .

O serial killer atraía rapazes negros, latinos e menos favorecidos, os drogava, praticava necrofilia, canibalismo e ocultava os corpos com ácido ou cortando em pedaços para jogar no lixo. Sim, a história é horrível, o personagem um verdadeiro monstro e, por culpa de uma polícia e sociedade racistas, mesmo com o alerta e denúncia de vizinhos pelas atitudes tenebrosas dessa pessoa, deixavam passar por ser um homem branco e, portando, perto de todas suas vítimas alguém para se levar mais a sério.

Jeffrey Dahmer era muito mais que um perturbado mental ou um doente. Se você pesquisar a vida desta criatura vai verificar que ele não tinha arrependimento nenhum do mal que fez contra jovens inocentes que só queriam ter o direito de viver e ser feliz. 

Na história retratada, a mãe é uma neurótica e histérica, e o pai, um imbecil acomodado. Mas isso não justifica que ninguém faça o que esse monstro fez. Existem momentos perturbadores em episódios que fazem qualquer pessoa normal se sentir muito mal em saber que a realidade foi bem pior.

O criador Ryan Murphy se deixou levar e romanceou uma história mórbida, que não tem em nenhum momento nada para ser romanceado.

O assassino foi frio e calculista e agiu com requintes de crueldade, gostando do que fazia, tanto que contou com satisfação para todos cada detalhe do que fez, sadicamente. E mesmo depois de preso gerou o ódio dos detentos por não mostrar nenhum arrependimento de seus atos. Por isso, a vida dele teve o final que ele mesmo escreveu.

A maneira de condução da história foi muito mal construída fazendo idas e vindas na linha do tempo. Em uma história como essa o roteiro deve ser quase que documental e por isso deixou muito a desejar, porque o personagem principal não é um coitadinho vítima da sociedade. Foi um monstro desumano e desequilibrado.

O ator Evan Peters provavelmente ganhe prêmios por sua atuação, pois está com um ar de perturbado o tempo todo, e essas premiações já desacreditadas adoram premiar maus exemplos de personagens gananciosos, perturbados e que não são exemplo para ninguém. O mal vence.

Como aparece no final da história, Jeffrey Hahmer tinha fãs, se tornou celebridade e as vítimas foram esquecidas. Ele deixou famílias inteiras destruídas pela perda e, mesmo assim, existem até hoje pessoas que idolatram monstros como esse. Em que mundo vivemos?

 A partir da semana que vem, estreia o documentário no mesmo streaming Conversando com um serial killer: O Canibal de Milwaukee, que, certamente, será bem mais devastador, pois trará cenas reais e a história documentada de Jeffrey Dahmmer. Fica a dica.

Compartilhe esta postagem

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
LinkedIn

Publicidade

Relacionadas

Mais Lidas

Nothing found!

It looks like nothing was found here!