A sessão da Câmara de Vereadores de Santa Maria realizada na terça-feira (25) foi marcada por confusão, troca de ofensas e até empurrões. O motivo foi a discussão de duas moções contrárias a declarações do deputado federal Bibo Nunes (PL), que na semana passada afirmou que os estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) mereciam morrer “queimados vivos”.
As moções foram propostas pelo presidente da Câmara, Valdir Oliveira (PT), e pelo vereador Werner Rempel (PCdoB). Na plateia, a maioria do público estava apoiando a aprovação das moções. Muitos eram estudantes da UFSM, que foram atacados por Bibo por protestarem contra o contingenciamento de verbas da educação anunciado pelo governo Jair Bolsonaro (PL) no início do mês.
A confusão começou quando o vereador Tubias Calil (MDB) disse que a moção de Valdir Oliveira era política e partidária. Posteriormente, a vereadora Roberta Leitão (PP) pediu que fossem removidas propagandas político-partidárias do plenário, já que há uma resolução legislativa que veda tal prática durante o período eleitoral. Os dois são bolsonaristas assumidos.
A sessão foi interrompida por diversas vezes em razão da troca de xingamentos no plenário. O vereador Tony Oliveira (Podemos) precisou ser contido por seus assessores após discutir com um dos integrantes da plateia. Em função da confusão, a votação da moção foi adiada por 14 votos a 6 e transferida para o dia 1º de novembro.
(Com informações do site Santa Maria 24 Horas)