Paralelo 29

Muito além do vice-campeonato

Foto: Ricardo Duarte, SCI

ATHOS RONALDO MIRALHA DA CUNHA – ESCRITOR

No começo da temporada, nem o mais otimista dos colorados imaginaria o Internacional conquistando o vice-campeonato e com vaga direta para a Libertadores.
O início desastroso com a prematura eliminação na Copa do Brasil indicava um péssimo ano. O nosso horizonte esportivo era fazer os 43 pontos para não cair. Mas houve uma reviravolta com a chegada de Mano Menezes e algumas acertadas contratações.
O desempenho do Inter no returno do brasileirão nos enche de esperança. Futebol é grupo, comprometimento e amor à camiseta.

Aí a importância de investimentos nas categorias de base.
Na derradeira partida, a goleada sobre o campeão nos mostra muito mais do que a garantia de vice-campeão. Os três gols ocorreram ao natural. No entanto, algumas situações nos remetem a algo que transcende o futebol.
O brasileiro é apaixonado por futebol. A paixão está além das quatro linhas e nas atitudes que emocionam. A comemoração emotiva e guerreira contagia a torcida. O gesto de Alemão comemorando com um torcedor cadeirante foi a cena que sintetiza o Inter de 2022.

Fez a alegria da galera e tornou inesquecível a última rodada para o fanático torcedor de Ijuí. Um quadro a ser eternizado.
Taison recebeu a camiseta com o número 200 em comemoração aos jogos pelo Inter. Com o filho de três meses no colo, também emotiva o torcedor numa entrevista que além de atleta é torcedor. Santiago está no colo do pai fardado com o uniforme do colorado. Futebol não é só bola na rede.
Após o fim da partida, o filho do Alan Patrick chuta a bola em direção ao gol e ela rola, mansamente, para o fundo da goleira, para delírio da galera. Nesse caso o futebol é bola na rede.
No jogo contra o Palmeiras vencemos e comemoramos o título de vice. E motivou algo muito mais do que uma decisão ou a última partida do campeonato. O Inter tem grupo, jogadores comprometidos que reconhecem o peso da camiseta e podemos sonhar com um 2023 promissor. E temos Mano, mano. O que mais precisamos?
Podemos sonhar que a terceira década do século XXI seja vermelha. Porque meu coração é vermelho.

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