Paralelo 29

Estudo demonstra redução de até 16 vezes no risco de morte por covid com segundo reforço

Foto: Ariéli Ziegler, SEC, PMSM

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) apresentou mais um balanço da situação vacinal entre as pessoas que vieram a óbito pelo coronavírus. Os dados divulgados nesta sexta-feira (2) ressaltam novamente que quanto mais avançado o esquema de doses do indivíduo, menor o risco de morte por causa da covid-19, chegando a diminuir em até 16 vezes as chances de óbito, dependendo da idade.

Entre os idosos, população considerada mais vulnerável pelo fato de terem uma imunidade mais limitada, a taxa de mortalidade é até oito vezes menor para quem já fez a segunda dose de reforço, em comparação com a pessoa que não está com o esquema primário completo.

A análise também demonstra o aumento da proteção na comparação com as pessoas com apenas o primeiro reforço ou com esquema primário completo (duas doses ou dose única).

Nesta faixa da população acima dos 60 anos, quem tem o segundo reforço tem quase duas vezes menos risco de óbito em comparação ao indivíduo com somente um reforço e quatro vezes menos em relação a quem tem apenas o esquema primário.

A faixa etária dos idosos é hoje a com maior proporção entre os óbitos de covid-19 no Rio Grande do Sul, representando cerca de 90% das ocorrências no último mês.

Porém, o mesmo impacto pode ser observado nas demais idades. Entre os 40 e 59 anos, o segundo reforço chega a diminuir o risco de morte pelo coronavírus em 16 vezes.

Enquanto a pessoa com segunda dose nesta idade tem uma taxa de mortalidade de 2,79 por cem mil pessoas por ano, o índice é de 44,9 para quem não tem o esquema primário completo.

Ter o segundo reforço também reduz em mais da metade o risco de morte nessa população em comparação com a pessoa com o primeiro reforço

O QUE APONTOU O ESTUDO

Taxas de mortalidade por 100 mil pessoas ano segundo situação vacinal (Semanas 13 a 47 de 2022):

Faixa etária de 18 a 39 anos

  • Sem esquema primário completo: 3,91
  • Esquema primário completo: 1,65
  • Com 1º reforço: 1,30

Faixa etária de 40 a 59 anos

  • Sem esquema primário completo: 44,90
  • Esquema primário completo: 10,32
  • Com 1º reforço: 6,80
  • Com 2º reforço: 2,79

Faixa etária de 60 anos ou mais

  • Sem esquema primário completo: 443,64
  • Esquema primário completo: 215,13
  • Com 1º reforço: 103,81
  • Com 2º reforço: 53,64

Observação:

  • Sem esquema primário completo: não vacinado com nenhuma dose ou com esquema incompleto (uma dose no esquema de vacinas com duas doses)
  • Esquema primário completo: duas doses ou dose única recebidas

Fonte: SIPNI e SIVEP-Gripe, acesso em 27/11/2022 (População estimada TABNET/DATASUS-MS, 2020)

Mais de 5 milhões de pessoas com alguma dose de reforço em atraso

Em contraste com as expressivas reduções nas chances de óbito pela covid-19 trazidas na análise do Cevs, está o crescente número de pessoas no Estado com alguma dose em atraso.

Somente em relação ao segundo reforço, são 2,2 milhões de pessoas com essa dose em atraso. A quantidade é maior do que o número de pessoas com essa dose feita até este momento: 1,97 milhão.

Outras três milhões estão com o primeiro reforço em atraso e mais 651 mil estão com a segunda dose do esquema primário não realizada no tempo preconizado.

Segundo reforço em atraso por faixa etária

  • 18 a 39 anos: 217.301
  • 40 a 59 anos: 1.184.149
  • 60 anos ou mais: 793.282

Primeiro reforço em atraso por faixa etária

  • 12 a 17 anos: 435.344
  • 18 a 39 anos: 1.442.040
  • 40 a 59 anos: 815.672
  • 60 anos ou mais: 333.016

A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, ressalta que a análise ratifica aquilo que já havia sido percebido em outras oportunidades após o início da vacinação.

“Quanto mais completo é o esquema vacinal do indivíduo, maior chance ele tem de não evoluir para hospitalização ou óbito”, disse. “O segundo reforço, que na nossa última análise ainda não estava disponível, trouxe uma redução significativa nas taxas de mortalidade, de quase duas vezes menos risco de óbito entre os idosos e menos 50% entre as pessoas de 40 a 59 anos”, destacou.

(Com informações do governo do RS)

Compartilhe esta postagem

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
LinkedIn