Agentes da Delegacia de Polícia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DPHPP) de Santa Maria desencadearam a fase 3 da Operação Artigas e prenderam preventivamente dois homens suspeitos de participação no assassinato do empresário Thiarles Patta Ferigolo, morto em 22 de junho deste ano.
Os presos têm 33 e 35 anos e foram localizados na Vila Santos, Bairro Uhrlândia, zona Sul de Santa Maria, e no Bairro Menino Jesus, região Nordeste da cidade.
Mulher e adolescente suspeitos
Os dois já haviam sido presos temporariamente em 22 de agosto, na primeira fase da Operação Artigas, mesmo dia em que a Polícia Civil prendeu uma mulher de 41 anos que também teria participação no homicídio. A prisão cautelar da dupla presa nesta terça-feira foi requerida pela DPHPP.
Conforme a Polícia Civil, os dois presos nesta terça não possuíam antecedentes policiais e foram encaminhados à Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).
Em 21 de setembro deste ano, a Polícia Civil apreendeu provisoriamente um adolescente de 17 anos, que confessou ser o autor dos tiros que mataram o empresário.
De acordo com a Polícia Civil, o adolescente que confessou a execução possui “graves e diversos antecedentes policiais”. São eles: um assassinato, duas tentativas de assassinato, assalto, associação criminosa e porte irregular de arma de fogo.
Inquérito corre em sigilo
Outros dois investigados tiveram a prisão preventiva solicitada pela Polícia Civil, mas os pedidos foram negados pela Justiça. As investigações que levaram às prisões de suspeitos foram coordenadas pelo delegado Gabriel Gonzales Zanella, titular da DPHPP de Santa Maria, onde corre o inquérito policial.
Para garantir “o êxito das investigações”, a DPHPP não divulga mais detalhes do caso. Para isso, o inquérito policial tramita em sigilo.
Dívidas e ciúmes
Ferigolo foi assassinado na noite de 22 de julho deste ano, no Bairro São José, região Centro-Leste de Santa Maria. O empresário de 38 anos foi executado a tiros no interior do estabelecimento comercial Artigas Carnes de Fundamento, de sua propriedade.
Segundo as investigações da DPHPP, o assassinato teve motivação torpe, já que estaria relacionado à cobrança de supostas dívidas e ciúmes. O empresário já havia sido ameaçado por esses motivos em pelo menos duas ocasiões, aponta a Polícia Civil.
As investigações policiais apontaram ainda que os assassinos premeditara a execução, planejando o assassinato detalhadamente.
(Com informações da Polícia Civil)