Paralelo 29

Que dó do Cabral!

Foto: Valter Campanato, Agência Brasil


ATHOS RONALDO MIRALHA DA CUNHA – ESCRITOR

O ex-companheiro Sergio Cabral… Ops! Falhou… novamente: o ex-governador Sergio Cabral deixou a sua cela individual em que cumpria os 426 anos de reclusão. Agora vai para prisão domiciliar no Rio.

Ele é o último delinquente preso pela Lava-Jato que estava curtindo o xilindró num quartinho bem equipado. Agora o Cabral está redescobrindo o Brasil num amplo apartamento de frente para o mar em Copacabana. Horizontes a perder de vista. Mar à vista! Que dó do Cabral!


Ele responde por 26 processos, e no seu novo endereço não poderá receber visitas além de parentes e advogados. E, também, não poderá fazer festas e terá que bancar as despesas de manutenção de sua tornozeleira. Poxa! Parece birra da Justiça. Cobrar a manutenção do Cabralzinho?

Eu só não sei como o STPH vai fazer para mantê-lo vivo em prisão domiciliar para cumprir os 4 séculos de cana. Quem sabe o padre Kelmon tenha a resposta…


Quem de nós, contribuintes involuntários de impostos, não gostaria de morar em um apartamento de frente para o mar na bela Copacabana? Acho muito chique esta história de prisão domiciliar contemplando o horizonte marinho. Que dó do Cabral!

Cabe lembrar que dois ínclitos ex-governadores da província do Rio Grande de São Pedro também foram morar no Rio e imagino que não residiram em apartamentos de costas para o mar.

Tenho um amigo que mora de frente para o mar. E todos eles foram para o Rio porque quiseram uma ótima escolha de modus vivendi na cidade Maravilhosa. Sem traumas judiciais. Aliás, é o meu sonho de consumo. O Rio chama. Quem aí não gostaria de morar no Rio?

Eu não me importaria nem um pouco em contemplar a orla carioca sem poder sair de casa lá do décimo andar do meu condomínio. Desde que não me faltasse erva para o chimarrão e Popokelvis para a caipirinha.


Bueno, como o Rio é um sonho fora das minhas possibilidades, vou comprar um sobradinho de frente para o rio Toropi, ali no Passo do Julião. Claro, sem ornamento no tornozelo e muita erva para o mate. Que dó do Cabral!

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