Paralelo 29

Golpe do Zap: MPRS investiga estelionato praticado via aplicativo de mensagens

Foto: Divulgação,MPRS

O Núcleo de Investigação de Crimes Cibernéticos (CyberGaeco), do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), desencadeou nesta quinta-feira (12), a Operação Golpe do Zap, para investigar a prática de estelionato via WhatsApp.

Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Joinville, Santa Catarina, contra um homem de 27 anos, ligado à facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC), que foi detido por posse de droga.

O alvo começou a ser investigado em junho de 2022, quando tentou aplicar um golpe em uma vítima residente em Porto Alegre passando-se por um familiar.

Na ocasião, utilizou-se de número de telefone novo e pediu um PIX de R$ 1,9 mil com a desculpa de que estava tendo dificuldades com o aplicativo do banco.

O crime não foi consumado porque a vítima percebeu que se tratava de um golpe quando mencionou o nome da sua mãe ao falsário, que não sabia que ela havia falecido.

“É um golpe comum, que tem sido replicado por todo o país, causando relevantes prejuízos econômicos, especialmente entre os idosos. O golpista usa outro número, coloca a foto de um familiar e entra em contato pedindo dinheiro sempre com a justificativa de que está tendo alguma dificuldade, mas que vai pagar em seguida. Tudo nos leva a crer que o alvo dessa operação integra uma organização criminosa especializada nesses golpes, e é isso que queremos esclarecer”, pontua o coordenador do CyberGaeco, Roberto Carmai Duarte Alvim.

Coordenador dos Gaecos do MPRS, João Afonso Silva Beltrame lembra que essa é a primeira operação desencadeada pelo CyberGaeco.

O núcleo foi criado em 26 de outubro de 2021 para identificar, prevenir e reprimir organizações criminosas, atividades de corrupção de agentes públicos e de lavagem de dinheiro cometidos na internet.

“Temos convicção que, a partir da documentação apreendida nessa ofensiva, vai se desvendar uma série de provas que nos levarão a outras pessoas que atuam dessa maneira. Acreditamos que essa é apenas a ponta do iceberg”, sublinha Beltrame.

(Com informações do MPRS)

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