Categoria diz que saiu reunião com a Prefeitura sem um índice de reajuste
Os professores municipais de Santa Maria vão à assembleia geral da categoria nesta quarta-feira (19), às 18 horas, no salão de atos do Colégio Estadual Manoel Ribas sem um índice de reajuste.
Da reunião realizada na manhã desta terça-feira (18) da coordenação do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria com a Prefeitura, em que esteve presente também a Comissão de Educação da Câmara de Vereadores, apenas uma certeza: o reajuste para o magistério não virá antes de junho.
Apesar das reivindicações e da mobilização dos professores, o posicionamento do governo continua sendo de aguardar o fechamento dos números do quadrimestre fiscal para projetar o índice de reajuste do funcionalismo. Justificativas sobraram.
Para a secretária de Finanças, Michele Antonello, o cenário atual não é de problema financeiro, mas de atenção com a gestão fiscal. As medidas de contenção de despesas (dentre elas o recálculo do pagamento de RST e RET) e o início da aplicação do plano de amortização do passivo atuarial previdenciário serão decisivos para a redução do índice de pessoal. “Temos certeza de que vai melhorar, mas não sabemos o quanto vai melhorar”, reafirmou o prefeito Jorge Pozzobom.
A falta de perspectiva causa indignação na categoria, aponta a coordenadora de Organização e Patrimônio do Sinprosm, Juliana Moreira. As perdas se acumulam e a justificativa do governo municipal permanece a mesma.
“O slogan é cuidando de quem cuida. Mas quem cuida de quem está lá na ponta? Quem cuida dos professores, dos funcionários, dos enfermeiros, dos guardas? Nós estamos adoecendo”, afirma.
HORA-ATIVIDADE
Há uma novidade no horizonte para a implantação da hora-atividade na rede municipal. Um projeto de lei deverá ser encaminhado ao legislativo até a metade de maio com o arcabouço legal para a contratação de profissionais, segundo a nova secretária de Gestão de Pessoas, Caroline Lisowski.
“Talvez esta seja a informação prática mais importante da reunião”, resume a coordenadora de Finanças Marta Hammel.
Proposta pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), a adesão à Greve Nacional dos Trabalhadores em Educação no dia 26 de abril será proposta pela coordenação do Sinprosm na assembleia geral.
“Teremos que analisar o que foi colocado pelo governo, considerar as alternativas a seguir e construir propostas de mobilização. Nossa categoria é forte e seguirá unida na luta, como tem se mostrado até aqui”, diz a professora Juliana Moreira.
(Com informações da Assessoria de Imprensa do Sinprosm)