Estudo realizado pela Universidade Federal de Santa Catarina elaborou um ranking dos pesquisadores mais influentes na área
Nos últimos anos a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vem se destacando na área de ciências de alimentos. Três professores do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia dos Alimentos foram incluídos entre os pesquisadores mais relevantes do Brasil no ramo.
O levantamento foi realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e publicado na revista Food Science Today.
Dois professores apareceram no ranking dos 20 autores mais importantes dos últimos 20 anos. O professor Roger Wagner, classificado na 12ª posição, já publicou mais de 200 artigos científicos e possui mais de 280 trabalhos publicados em anais de eventos científicos. Entre as suas áreas de atuação estão pesquisas sobre aroma e sabor dos alimentos.
O professor Alexandre José Cichoski também foi incluído e ficou na 18ª colocação. Ele trabalha com a aplicação de tecnologias limpas em alimentos e suas consequências na qualidade dos alimentos e na saúde do consumidor.
O estudo também classificou os dez autores mais relevantes da área no ano de 2022 e o professor Paulo Cezar Bastianello Campagnol apareceu na 10ª posição. Campagnol possui graduação em Farmácia e Bioquímica e é doutor em Tecnologia de Alimentos. Além disso, no ano passado também esteve na lista de cientistas mais influentes do mundo, publicada pela Universidade Stanford, dos Estados Unidos.
O professor se dedica a pesquisar e desenvolver produtos cárneos mais saudáveis e sustentáveis. Investiga novas técnicas e processos para reduzir o teor de gordura, sódio, aditivos químicos e outros componentes indesejáveis presentes nos produtos cárneos convencionais.
“Ser incluído no ranking mostra que estamos no caminho certo e que nosso trabalho tem um impacto significativo. É importante destacar o papel fundamental dos meus alunos e colegas de equipe nessa conquista. Esse reconhecimento nos motiva a continuar trabalhando duro, inovando e contribuindo ainda mais para o crescimento da área de ciência de alimentos em nossa universidade”, afirma Campagnol.
De acordo com o levantamento, a UFSM também se classificou como a oitava instituição brasileira com maior número de publicações na área entre 2002 e 2022.
Nesse período foram realizadas 930 publicações de autores da universidade. Para Paulo, esse reconhecimento aumenta a visibilidade e a reputação da instituição, atraindo ainda mais estudantes e pesquisadores talentosos.
Já no âmbito internacional, nos últimos 20 anos o Brasil ficou na sexta posição entre os países que mais pesquisam ciência de alimentos no mundo, sendo o primeiro da América Latina.
São colocações importantes pois, segundo Paulo, os pesquisadores brasileiros ainda enfrentam vários desafios como falta de financiamento e de infraestrutura adequada.
“A pesquisa na área de ciência de alimentos é de grande importância, pois nos permite desenvolver alimentos mais saudáveis e sustentáveis. Nosso trabalho fomenta a inovação e abre novas oportunidades econômicas para o país, gerando um impacto positivo no desenvolvimento sustentável e no bem-estar da população”, afirma o professor.
(Por Rebeca Kroll, estudante de Jornalismo e bolsista da Agência de Notícias da UFSM)