Paralelo 29

Adolescentes assassinados em escola no Paraná eram namorados e vendiam doces

As vítimas/Foto: Reprodução redes sociais

Uma das vítimas morreu na hora, e a outra, na madrugada desta terça-feira

Os adolescentes Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto , 16, namoravam há cerca de um ano, eram bastante religiosos, se conheceram em uma igreja e vendiam doces que faziam.

Esse é o perfil dos estudantes assassinados em um atentado, no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, na manhã dessa segunda-feira (19), no município de Cambé, no Paraná. O assassino, que foi preso, é um ex-aluno da instituição, que entrou armado na escola e abriu fogo contra estudantes.

Segundo as investigações, pelo menos 16 tiros foram disparados. Ele acertou o casal de namorados, que estudava na escola. Karoline não resistiu e morreu na hora. Luan chegou a ser internado e morreu na madrugada desta terça-feira (20).

Karoline e Luan eram bastante religiosos e se conheceram em igreja/Foto: Reprodução redes sociais

Atirador queria se vingar, dizem autoridades

Em nota, o governo do Paraná informou que o ex-aluno teria entrado na escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar. O atirador foi detido e encaminhado para Londrina. O governador Ratinho Junior decretou luto oficial de três dias e lamentou o ocorrido. 

De acordo com a polícia civil, o atirador afirmou que o objetivo era atacar jovens, pois, para ele, “estaria retaliando aquele sofrimento” e mágoa que guardava do tempo em que estudou no colégio.

O secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que, em depoimento, o autor dos disparos confirmou não ter vínculo com as vítimas. 

O secretário informou ainda que o atirador já havia efetuado um ataque com faca em uma outra escola, no passado, e foi denunciado pelo Ministério Público. Na época, a polícia militar foi acionada, mas ele fugiu. Segundo o site G1PR, mais provas contra o atirador foram recolhidas.

Caderno apreendido tinha anotações sobre ataques

De acordo com o site, além da arma utilizada no ataque, o assassino tinha um caderno com anotações sobre ataques a escolas, incluindo o massacre de Suzano, em São Paulo. A família dele teria alegado que o jovem, que tem 21 anos, é esquizofrênico e que faz tratamento psiquiátrico.

Já segundo o site Bem Paraná, o coronel Hudson Teixeira contou que o assassino estudou no Colégio Professora Helena Kolody em 2014. Ele alegou às autoridades ter sofrido bullying na escola e que, desde então, planejava uma vingança. O nome do atirador não foi divulgado.

No entanto, o atirador não teria agido sozinho. A Polícia Civil investiga a participação de um jovem de 21 anos, que foi detido, e de um adolescente de 13 anos, que foi apreendido. Os dois teriam ajudado o atirador a planejar o ataque a escola paranaense.

Terceiro ataque 

O tiroteio no Colégio Estadual Professora Helena Kolody é o mais recente de um total de três ataques com mortes contabilizados em escolas brasileiras este ano. Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em razão de atos violentos praticados em colégios no país. 

Denúncias 

O Disque 100 recebe denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.  

O Ministério da Justiça e Segurança Pública também dispõe de um canal para receber denúncias de violência escolar.  As informações enviadas ao canal serão mantidas sob sigilo e não há identificação do denunciante. (Com informações da Agência Brasil e dos sites G1PR e Bem Paraná)

Compartilhe esta postagem

Facebook
WhatsApp
Telegram
Twitter
LinkedIn