Pai e filho que tinham distribuidoras de bebidas e mercado em Santa Maria estão entre os presos
A Operação Maturin, deflagrada nessa quinta-feira (4), em Santa Maria, que resultou na prisão de 15 pessoas, entre elas um empresário de 24 anos, tem ramificações em Santa Catarina. O grupo tinha até um cardápio com diferentes tipos de droga que eram vendidos por um sistema de delivery.
O pai do jovem também foi preso. A Polícia Federal (PF) fechou distribuidoras de bebida e um mercado que serviriam para lavagem de dinheiro do tráfico. Entre os presos também está o pai do empresário.
A operação teve destaque no portal G1SC, de Santa Catarina. Isso porque um dos integrantes do grupo criminoso mora em Santa Catarina, de onde comandaria parte do esquema de compra e venda de drogas. Há, também, um integrante não identificado no organograma do esquema.
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Apreensões de “provas”
No balanço da PF, além das prisões que ocorreram em Santa Maria, em cidades da região e em Palhoça (SC), foram apreendidos cinco notebooks, 23 celulares, R$ 29,9 mil em dinheiro, um conforme com uma arma, além de outros materiais, como documentos, que serão utilizados na sequência da investigação.
Em termos de bens de maior valor, a Operação Maturin apreendeu sete veículos, incluindo um Porsche emplacado em Balneário Camboriú (SC) e que pertencia ao líder do grupo. No total, os bens apreendidos somam mais de R$ 2,5 milhões, segundo balanço da PF.
Segundo o G1SC, a PF descobriu que o dinheiro obtido com o tráfico era lavado (legalizado) por meio de uma distribuidora de bebidas e de um mercado que seriam propriedade do jovem empresário e do pai. Todos os estabelecimentos funcionavam em Santa Maria e foram lacrados pela Justiça.
A audiência de custódia do grupo está marcada para esta sexta-feira (4) e eles poderão ser liberados para responderem aos inquéritos em liberdade, segundo o G1RS.
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Esquema começou a ser investigado com dinheiro falso
O esquema de tráfico de drogas com cardápio e delivery foi descoberto em agosto do ano passado, quando a PF investigação um caso de falsificação de dinheiro.
Na ocasião, os agentes da PF identificaram que havia um cardápio com oferta de grupos que circulava principalmente em grupos criados em aplicativos de trocas de mensagens pela internet.
No decorrer da investigação, a PF confirmou que havia um comércio varejista de drogas que funcionava via internet. As drogas vendidas em Santa Maria e região por meio de um sistema de tele-entrega envolvendo aplicativos de transporte tinham origem no Uruguai e em Santa Catarina.
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Lucro era reinvestido em empresas
O delegado Leoni Moura de Almeida, da PF de Santa Maria, diz que o dinheiro obtido com a venda de drogas era investido na aquisição de veículos, imóveis e empresas, como distribuidoras de bebidas e supermercados. As empresas estariam em nome de familiares, que são investigados como possíveis “laranjas” do esquema.
Além dos presos em Santa Maria, Restinga Seca, Caçapava do Sul, Júlio de Castilhos e Arroio dos Ratos, houve a prisão de Palhoça (SC). A PF não divulgou os nomes dos presos nem das empresas.
(Com informações do G1RS)
