CUCA VICEDO – PUBLICITÁRIA E COMENTARISTA DE CINEMA
O super sucesso de bilheteria de um filme independente está agitando o mercado cinematográfico dos EUA nos últimos dias: THE SOUND OF FREEDOM (2023), que marca um retorno, com sucesso, do ator Jim Caviezel ao cinema depois do filme de Mel Gibson, A PAIXÃO DE CRISTO (2004).
Mas toda polêmica tem um único fator decisivo: o filme foi feito sem muito dinheiro por uma produtora independente ligada à Igreja Católica (Angel) e no dia de estreia passou produções como o quinto filme de Indiana Jones na bilheteria (uma mega produção).
Como tudo hoje em dia vira polêmica, a história, dizem, é baseada em fatos reais e mostra uma equipe de policiais que investigam o tráfico infantil.
Milhares de filmes do gênero estão em canais da TV paga ou nos streamings. A diferença é que não aparece o galã norte-americano como salvador de tudo com muitos tiros e cenas de ações. Mas mostra a crueldade das instituições em explorarem sul-americanos, coisa considerada normal aos norte-americanos e outros países em geral.
Entrando em choque direto com a fracassada Disney e suas histórias mascaradas de boas intenções, o filme mostra a realidade diferente aos olhos infantis, público sempre visado pela grande Disney e que, atualmente, não está vendo com bons olhos a fraca tentativa de fazer seus sucessos de anos anteriores de forma “politicamente correta”.
Gastando milhões de dólares em CGI e marketing, os últimos filmes da famosa produtora e mega empresa estão amargando fracassos de bilheterias e sendo duramente criticados pelos projetos que antes faziam a magia do cinema.
Outros tempos e outros sucessos. Não adianta ser falsamente “politicamente correto” e visar apenas lucros, alcançando públicos distintos em seus filmes, a Disney vem perdendo a credibilidade de empresa familiar e para família, modificando drasticamente a história original de grandes sucessos literários com visões forjadas, falsas e idiotizadas, infantilizando ainda mais os adultos, que, hoje em dia, ficam ridículos.
Portanto, um filme cru, com um pouco de fé e boas intenções, mas que certamente não tem tudo de real, chama mais atenção em um público que hoje tem muito mais capacidade crítica e visão quando estão sendo enganados, não esquecendo que a Igreja não tem moral nenhuma.
É só ver os atos de seus representantes, sempre próximos de nós, mas pessoas ligadas ao cristianismo em ideologia ainda têm sua voz e quem a ouve.
Estamos vendo assim, o que realmente vai ditar o público para sair de casa e ver uma história nos cinemas, principalmente no que diz respeito aos nossos filhos.
Com tanto lixo produzido ultimamente pelos streamings, certamente, doses de ótimas produções estão voltando muito mais ao conteúdo do que à forma, em busca disso e o fim de usar tanto Inteligência artificial está fazendo a greve de roteiristas parar pra pensar.
Chega de fantasia mascarada e vamos aos fatos reais, quando é pra ser infantil seja, mas quando quer ser politicamente correto, seja de verdade.
Mas, não sejamos ingênuas, o Marketing é que manda em tudo, com fé ou não, e polêmicas sempre chamam atenção das pessoas que sempre correm atrás da fofoca. Tudo faz parte.