Segundo a Polícia Civil, Gabriel Rossi estaria envolvido com uma quadrilha de estelionatários; mandante foi presa em Minas Gerais
Depois de prender quatro pessoas, a Polícia Civil do Mato Grosso do Sul divulgou que o médico Gabriel Rossi, de 29 anos, foi assassinado por cobrar uma dívida de R$ 500 mil de um grupo de estelionatários, em Dourados (MS). Natural de Santa Cruz do Sul, Rossi foi sepultado no município gaúcho, no sábado (5).
De acordo com o portal G1MS, as investigações policiais apontam que o médico também integrava o grupo que aplicava golpes financeiros. O corpo de Rossi foi encontrado com os pés e mãos amarrados, e a perícia constatou que ele foi morto por estrangulamento, após sofrer tortura.
Nessa segunda-feira (7), a Polícia Civil prendeu quatro suspeitos do assassinato, em Pará de Minas, no interior de Minas Gerais. Os presos foram levados para Dourados, onde chegaram na madrugada desta terça-feira com escolta da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
A reportagem do G1MS diz que o delegado do caso, Erasmo Cubas, apontou que uma das suspeitas de planejar o crime é Nathália de Paiva, que estaria devendo R$ 500 mil ao médico.
Esse valor, segundo as investigações, seria de golpes aplicados pelo grupo de estelionatários. Rossi teria cobrado a dívida e ameaçado denuncia o esquema caso não recebesse sua parte.
“Para se livrar da dívida, a suspeita contratou três homens para matar o médico. A mulher teria pagado R$ 150 mil ao trio pelo crime”, disse Cubas em coletiva de imprensa nessa terça-feira.
O grupo de estelionatários seria envolvido com fraudes de cartões bancários e saques de benefícios de pessoas falecidas e com documentos adulterados. Rossi teria sido cooptado a participar do esquema quando ainda era estudante de Medicina, em Dourados. Ele se formou em março deste ano.
Mulher ficou celular do médico
Conforme o Serviço de Investigações Gerais (SIG), de Dourados, Bruna ficou com o celular de Rossi após ele ser assassinado. A mulher teria se passado pelo médico e pedido dinheiro a amigos da vítima por meio de aplicativo de mensagens. Ela conseguiu arrecadar R$ 2,5 mil.
Além de Bruna, que seria a mandante do assassinato, foram presos os executores. São eles: Gustavo Kenedi Teixeira, Keven Rangel Barbosa e Guilherme Augusto Santana.
Desaparecimento e morte
O médico, que morava em um apartamento, estava desaparecido há uma semana, dentro de uma casa alugada pelos assassinos, também em Dourados. Ele saiu do plantão de um hospital onde trabalhava e foi para o endereço do imóvel alugado.
Na última quinta-feira, uma vizinha da casa onde o médico foi morto, chamou a polícia informando que um carro estava estacionado em frente ao endereço há uma semana.
A moradora também relatou que moscas começaram a invadir a casa dela, além de sentir um forte cheiro vindo da casa vizinha. A Polícia Civil encontrou o corpo do médico com pés e mãos amarrados já em estado de composição, o que indica que ele havia sido assassinado há vários dias.
(Com informações do G1MS)