Três pessoas foram presas nesta quinta-feira em operação coordenada pelo MPRS
Uma advogada e mais duas pessoas foram presas como suspeitas do atentado contra o promotor de Justiça Jair João Franz, em Teutônia, no último dia 17. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (RS), que coordenou a ação não divulgou nomes, mas o G1Rs divulgou que a advogada é Daiana Silva Toledo.
A operação desta quinta foi coordenada pelo MPRS, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Polícia Civil e da Brigada Militar.
Dois suspeitos foram presos preventivamente, e um terceiro, temporariamente. As prisões ocorreram em Teutônia, Arroio dos Ratos e Bom Retiro do Sul. além da advogada e do líder de facção sediada em Porto Alegre, também foi preso um homem suspeito de ter atirado no promotor.
Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências desses investigados e na casa de outras pessoas. E deferido pedido do MPRS para coleta de material genético deles para confronto com o material recolhido no local do crime.
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Procurador diz que não haverá espaço para esse tipo de ação
O procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, disse em entrevista coletiva concedida pelo MPRS e pelas forças de segurança do Estado que esse tipo de ação não vai ter espaço no Estado.
“O MPRS e todas as forças de segurança estão irmanados para garantir a segurança no Estado e deixar claro que o Rio Grande do Sul não tolera esse tipo de ataque à democracia. Em poucos dias, conseguimos esclarecer os motivos e quem está por trás desse atentado. Como chefe do MPRS, quero agradecer pela resposta das forças de segurança e mostrar que quando atentarem contra um promotor, colocaremos quantos promotores forem necessários para mostrar que isso não se aceita”, destacou Saltz.
A motivação do ataque
Segundo as investigações, o ataque a Jair João Franz teria como motivação desavenças da advogada e do líder local de uma facção com o promotor, que é bastante atuante no combate ao crime.
Conforme o MPRS, a investigada já havia ordenado Franz, “em clara ameaça”, que ele fosse “embora de Teutônia”. Também teria dito que ele “iria pagar tudo o que tem feito”.
De acordo com o MPRS a advogada e o líder de facção teriam contratado o matador, planejado, organizado e mandado executar Franz em uma emboscada.
Em reportagem do G1Rs, a defesa da advogada presa negou que ela tenha qualquer participação no atentado ao promotor de Teutônia.
(Com informações do MPRS e do G1RS)