Custo é de R$ 300 por paciente a cada 15 dias
A Assembleia Legislativa debaterá, em audiência pública marcada para as 18h desta segunda-feira (11), a oferta de sensor de glicose para diabetes tipo 1 no protocolo estadual para distribuição gratuita no sistema pública. O custo para os pacientes é de R$ 300 por quinzena.
O alto custo do FreeStyle Libre, como é conhecido o sensor de glicose, acaba dificultando o controle da doença. Autor do requerimento para a audiência pública, o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT) defende o acesso gratuito ao sensor no sistema público de saúde, como já em ocorre em outros estados.
“Isso é fundamental. Em julho passado, tivemos a oportunidade de visitar o Instituto da Criança com Diabetes, ligado ao Grupo Hospitalar Conceição (GHC), estrutura federal 100% SUS, verificamos a excelência do trabalho realizado pela equipe. E a principal demanda neste momento é justamente discutir o tema, a relevância e importância do protocolo praticado aqui no RS prever a oferta, principalmente porque também estamos falando de um grande contingente de crianças”, justifica Valdeci.
O sensor fica grudado na parte superior posterior do braço e faz, sem picadas ou dor ao paciente, leituras contínuas a cada 1 minuto, armazenando até 8 horas de dados de glicose e dura 14 dias.
No Brasil, 15 milhões de pessoas convivem com o diabetes. Deste total, mais de 800 mil estão no Rio Grande do Sul. O Brasil é o quarto país do mundo com mais crianças e jovens com diabetes tipo 1, somente atrás da China, Índia e dos Estados Unidos e o RS é o terceiro ente federativo com maior prevalência nacionalmente. São 92,3 mil casos na faixa de 0-19 anos, sendo cerca de 9 mil no RS. O Instituto tem 4,6 mil crianças e jovens nestas condições em atendimento.
A Diabetes Mellitus (tipo 1), que está entre as 5 doenças que mais matam, é uma enfermidade metabólica caracterizada pelo aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue.
Embora ainda não haja uma cura definitiva, há vários tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Se não tratada, se transforma na causa mais comum de amputações de membros inferiores não-traumática, cegueira irreversível e doença renal crônica.
Urgência
O Instituto da Criança com Diabetes informou que cerca de 135 pacientes da instituição vivem na região afetada pelas enchentes dos últimos dias no Vale do Taquari.
Segundo a nota, como muitos estão incomunicáveis e sem acesso a recursos básicos, equipes estão identificando todos e fazendo uma busca ativa nos endereços cadastrados para levar insulinas, glicosímetros e outros insumos necessários até suas respectivas cidades.
Quem foi afetado ou tem familiares nesta situação pode entrar em contato através do WhatsApp (51) 98168-1654.
* (este texto foi corrigido quanto ao números de casos)
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