Paralelo 29

MARIONALDO: Cidades e idades

Foto: Marcelo Camargo, Agência Brasil

MARIONALDO DA COSTA FERREIRA – CONSULTOR PARA CIDADES INTELIGENTES 

Uma das questões que as cidades/municípios, esquecem, ou seja, seus gestores esquecem, é que estamos envelhecendo como humanos que somos.

Envelhecer não pode significar abandono, afinal os humanos não podem serem considerados objetos, que, ao ficarem velhos se descartam. Ao contrário dessa posição tomada por muitos gestores, hoje, usar a experiência de muitos homens e mulheres, pode significar inovação.

O que nos é ensinado é a busca do ter. Com a idade avançada perdemos forças para busca do ter, assim, nos sentimos inúteis para a vida. Na mesma proporção, os jovens têm a força que é igual a produtividade.

As necessidades de uma cidade/município vão muito além dessa questão da passagem do tempo pelos humanos. Porém, ao identificar essa situação pode-se planejar alternativas que possibilitem que todos, jovens e velhos possam contribuir para uma cidade/município, melhor para todos, para podermos circular no espaço de todo com todos que são as cidades.

Envelhecimento, mobilidade, sustentabilidade do sistema de saúde e habitação: são estes os quatro grandes desafios que a saúde urbana enfrenta atualmente.

Estas conclusões são do estudo “Diretrizes para a promoção de cidades saudáveis”, apresentado no dia 7 de setembro na UC pela investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da UC, Ângela Freitas, e coordenado pela professora e investigadora Paula Santana, também do CEGOT.

Para professora pesquisadora da Faculdade de Coimbra, Paula Santana, apenas com “cooperação interinstitucional, interdisciplinar e multidimensional”, a que se junta a avaliação e monitorização, é que os governos locais vão conseguir alcançar cidades saudáveis.

Os lugares, as cidades, os municípios têm de responder às necessidades reais das pessoas que aí habitam e adequar o lugar ao homem e não o homem ao lugar é o um belo caminho para isso.

Segundo a OMS, uma cidade saudável é aquela que coloca a saúde no centro das tomadas de decisões, investindo na melhoria contínua das condições do seu meio ambiente físico, construído e social, utilizando todos os recursos da comunidade, e garantindo o acesso equitativo a recursos, bens, serviços e oportunidades, nas várias dimensões da saúde, bem-estar e desenvolvimento humano.

As cidades são construídas por ações individuais e se refletem no espaço de forma coletiva, criando padrões de organização, os quais podem ser identificados por alguns modelos.

Queremos ou não uma cidade/município, que tenha um sistema dinâmico, mudado a cada momento e em um ritmo acelerado? Essa pergunta teria que estar sempre na cabeça dos gestores e de muitos especialistas que estudam os espaços públicos.

Ter um sistema aberto, onde as cidades/municípios, sofrem influência de seu meio é importante, mas mais do que isso ou antes disso, as cidades/municípios, tem que terem a sua própria identidade.

Unir todos, jovens e velhos, homens e mulheres, na busca do bem coletivo, isso só conseguem os gestores políticos inteligentes, pois cidades inteligentes e inovadoras, só com gente inteligente e inovadora.

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