Priscila Ferreira Leonardi morava na Irlanda e voltou ao Rio Grande do Sul para visitar familiares e resolver questões pessoais
A Polícia Civil de Alegrete indiciou cinco pessoas por envolvimento no desaparecimento e assassinato da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos. Priscila, que se formou na Universidade Franciscana (UFN), em Santa Maria, foi morta em Alegrete, entre junho e julho deste ano.
De acordo com a Polícia Civil, os investigados responderão pelos crimes de extorsão qualificada (restrição de liberdade e resultado morte) e ocultação de cadáver. Segundo o G1RS, o inquérito foi concluído em 4 de outubro, mas o resultado só foi tornado público nessa terça-feira (10).
A delegada Fernanda Mendonça, que comandou as investigações, indiciou Emerson da Silveira Leonardi, primo da vítima e que, segundo a Polícia Civil, seria o mandante do crime. Emerson está preso desde 13 de julho, depois de ter, inclusive, participado dos atos fúnebres da prima.
A Polícia não divulgou os nomes de outras três pessoas indiciadas, que estão presas. Da mesma forma, uma pessoa que está solta também foi indiciada e não teve o nome divulgado.
Grupo tentou extorquir a vítima
Conforme as investigações, Emerson teria feito contato com um detento da Penitenciária Modulada de Uruguaiana para acionar outras duas pessoas para cometerem o crime. No caso, houve a simulação de uma chamada a um motorista que fazia corridas particulares. Dentro do veículo, eles tentaram extorquir dinheiro da vítima e, sem sucesso, eles teriam cometido o crime.
“O plano envolvia constranger a vítima para que valores de suas contas fossem retirados/transferidos para os criminosos. Porém, sem conseguir obter nenhum valor, ela acabou sendo morta e seu corpo ocultado para dificultar o descobrimento do crime cometido”, disse a delegada em reportagem do G1RS.
Ainda segundo a delegada, há diligências a serem feitas. Por isso, Fernanda Mendonça não descarta indiciar os investigados também por homicídio doloso. Da mesma forma, a Polícia Civil de Alegre apura se há participação de mais pessoas no desaparecimento e morte de Priscila.
O inquérito foi remetido ao Ministério Público (MP), que poderá oferecer denúncia à Justiça. O MP também poderá pedir mais diligências no caso. Se houver denúncia, e ela for aceita, os indiciados responderão a processo criminal.
Volta ao Brasil para visitar familiares
Priscila morava em Dublin, na Irlanda, e viajou para Alegrete para visitar familiares e resolver pendências relacionadas a bens deixados pelo pai. A enfermeira foi vista com vida pela última vez em 19 de junho, após sair da casa de Emerson. De lá, a enfermeira iria para a casa de uma prima, onde estava hospedada.
Ela desapareceu e passou a ser procurada. O corpo de Priscila foi localizado pela Polícia em 6 de julho, às margens do Rio Ibirapuitã, que banha Alegrete.
Conforme laudo de necropsia, Priscila foi morta por estrangulamento. O laudo também apontou a existência de lesões causadas por espancamento, o que evidencia que ela apanhou antes de morrer.
(Com informações do G1RS)