MARIONALDO DA COSTA FERREIRA – CONSULTOR PARA CIDADES INTELIGENTES
As pessoas estão a exigir um Estado/ serviço público com maior celeridade nos serviços prestados e com eficiência e eficácia. E isso tem que ser naturalizado já que os servidores públicos são e devem atender as demandas da população de forma adequada.
Os gestores públicos, para atender essa exigência, têm que entender que a lógica mudou e que, forçosamente, terão que caminhar para a modernização das práticas de gestão.
Não perceber que o modelo que vinham implantando não tem como se manter, é não estar ligado nas modificações do mundo.
Para fazer algumas mudanças nessa direção há necessidade de estabelecer no serviço público o que na iniciativa privada está se trabalhando. A famosa e tão falada liderança.
Aliás, me parece que na gestão pública há uma necessidade urgente de lideranças de equipes, que proponham fazer o novo em benefício do todo. Liderar é um exercício que exige autoconhecimento e constante aprimoramento de habilidades e competências.
Para conseguir resultados que estabeleçam cada vez mais a proximidade do Estado com o cidadão, há essa necessidade. Uma equipe em um ambiente de colaboração e confiança rende bons frutos.
Entender como cada estilo de liderança interfere no desempenho da equipe, na organização e na sociedade. Sem sombra de dúvidas, entender esse relacionamento interno e proporcionar uma qualificação no serviços, fará com que as cidades possam se desenvolver mais rapidamente.
Se procurarmos nas cidades mais desenvolvidas economicamente, perceberemos que nessas cidades, além de um gestor capaz e cuidadoso, temos servidores identificados com a cidade e suas demandas.
Fazer como avestruz não convém. Essa atitude, de falar que sempre foi assim e nada muda, tende a não ser saudável para as organizações, tampouco para o próprio gestor, que pode ficar em uma situação de conforto e perder a reflexão crítica de suas condutas e da própria identidade individual e institucional.
Quando o gestor não se renova e se enclausura no seu modelo mental, há um risco de comprometer todo o seu legado de trabalho, o que pode causar consequências negativas para a instituição e para ele mesmo, uma vez que pode tornar sua gestão engessada e limitada por suas verdades, tidas como dogmas.
Há uma dificuldade de se “desapegar” da função e das atividades a ela inerentes, sem a percepção de que essas funções são e devem ser provisórias, o que é paradoxal com as mudanças ocorridas na sociedade e com os novos paradigmas de gestão pública.
As organizações públicas devem, portanto, modernizar seu sistema de gestão, tendo, necessariamente, que realizar uma análise crítica de suas práticas de desenvolvimento de gestores, na medida em que desempenham papel estratégico no alcance de objetivos institucionais, o que contribui, sem dúvida, para a qualidade do gasto público.
Cidadãos com certeza agradeceram.