Paralelo 29

FABIO VASCONCELOS: Pessoas felizes não têm histórias

Foto: Leonardo. A.I

FABIO S. VASCONCELOS – PSICANALISTA CLÍNICO E INSTRUTOR CORPORATIVO DE SOFT SKILLS 

Muitas vezes nos sentimos pressionados socialmente a esconder qualquer traço de tristeza ou VULNERABILIDADE. A sociedade pós-moderna nos leva a acreditar que apenas a felicidade é aceitável, criando um silenciamento da dor que permeia nossa psique.

Essa pressão para ocultar nossos sentimentos reais resulta em um paradoxo, onde a TRISTEZA e a vulnerabilidade, elementos constituintes de nossa humanidade, são frequentemente tratadas com silêncio, rejeição, ridicularização ou até mesmo a espetacularização da humilhação.

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A obsessão pela “happycracia,” onde apenas a felicidade é valorizada, reforça a ideia de que pessoas felizes não têm histórias… E histórias verdadeiras.

Nesse contexto, ainda surgem psicologias da POSITIVIDADE com discursos simplistas de “dar a volta por cima” e “tornar-se forte a partir de sua falha.”

Embora o crescimento pessoal seja importante, a pressão constante para mascarar a tristeza e a vulnerabilidade pode ser prejudicial na saúde emocional.

A tristeza e a vulnerabilidade, elementos constituintes de nossa humanidade, são frequentemente tratadas com silêncio, rejeição, ridicularização ou até mesmo a espetacularização da humilhação/Foto: Leonardo.A.I

As pessoas não são apenas FELIZES; elas têm histórias complexas, ricas em altos e baixos. Reconhecer e aceitar a diversidade de emoções é fundamental para uma sociedade mais saudável e acolhedora.

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Em vez de criar uma cultura de aparências, é importante promover a EMPATIA, a compreensão e o apoio mútuo. Permitir que as pessoas compartilhem suas histórias, mesmo as menos felizes, é um passo crucial para abraçar a autenticidade e a verdadeira conexão com as pessoas.

Afinal, são as histórias de superação e as lições aprendidas com os desafios que nos tornam seres humanos completos e COMPLEXOS.

Reconhecer a diversidade emocional é o primeiro passo para quebrar a happycracia e permitir que as pessoas compartilhem suas histórias reais. Você é feliz ou tem HISTÓRIA para contar?

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