CUCA VICEDO – PUBLICITÁRIA E COMENTARISTA DE CINEMA
Dois documentários chegam arrasando no streaming STAR+ neste mês, e garantem que vale a pena ter sua assinatura para conferir o legado e os últimos dias de dois grandes nomes da mÚsica e da cultura mundial: John Lennon e Freddie Mercury.
JOHN LENNON HIS LIFE – LEGACY – LAST DAYS (2020) toca fundo na ferida sobre a morte prematura e injusta, há mais de 40 anos, do grande compositor que fez parte do grupo que revolucionou uma década inteira com sua música.
Depoimentos de amigos muito próximos relatam o dia de seu assassinato, sua mudança de estilo musical, mais voltado ao protesto e a influência de Yoko Ono na nova vida familiar que ele formou após o sucesso dos Beatles.
Além de acompanhar sua trajetória, o documentário mostra músicos, produtores e escritores que testemunham, com emoção, a falta de um artista como John e a forma mórbida e infeliz com que sua vida foi tirada pelas mãos de um maníaco que se dizia seu fã.
As palavras dos amigos trazem o sofrimento de Yoko e uma nova versão de como sua relação foi positiva com o companheiro em termos de mudança de rumo na sua criatividade e objetivo profissional.
O registro da época, as composições de John Lennon e um ponto de vista que defende a felicidade que John estava vivendo são os destaque do documentário.
Perfeito para fãs eternos e para as novas gerações entenderem a importância deste homem que morreu muito antes de muitos artistas que descendem dele em termos de criação e que mudou tudo para favorecer os novos talentos e sua liberdade de expressão.
FREDDIE MERCURY – THE FINAL ACT (2021), feito logo após o grande sucesso do filme Bohemian Rhapsody (filme de 2018), o documentário também é uma realização de seus companheiros fieis do grupo Queen, Brian May e Roger Taylor.
Os dois também conduzem o documentário com seus depoimentos mostrando a força da natureza que era Freddie e seu encanto com todos que o conheceram.
Mas o enfoque está mesmo no delicado tema da AIDS, a homossexualidade e morte do músico, o preconceito da Imprensa, que foi cruel e desumana quando ele faleceu.
Também pelo depoimento do guitarrista, os receios de assumir sua sexualidade e riscos que poderiam causar a sua carreira. Para ele, Freddie Mercury, o importante estava nas suas composições e, sem dúvida, este foi seu legado.
Como salienta Roger Taylor, os jornalistas que criticavam ele nunca serão lembrados, ao passo que Freddie Mercury será lembrado eternamente.
A postura de Freddie em assumir estar com AIDS antes de morrer foi nobre e extremamente relevante para mudar como a doença era tratada e, também, a importância que o show em homenagem a ele feito por vários artistas no estádio de Wembley mudou a forma como as entidades, imprensa e políticos começaram a ver a doença de forma séria e a tratar de fato suas vítimas.
Dois documentários que mostram um diferente ponto de vista destas celebridades que estão cada dia mais forte na música, com um trabalho inesquecível e verdadeiro.
Outras opções em streaming nos garantem mais programação diferenciada. Documentários são formas jornalísticas importantes em relatar os fatos que fizeram parte de nossa história. Confira!