Julgamento estava previsto para 26 de fevereiro do próximo ano
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) marcaram uma entrevista coletiva para esta segunda-feira (11) para explicar as razões de um pedido de adiamento do novo júri da tragédia da Kiss.
A coletiva será transmitida, a partir das 16h30min, pelo canal do MPRS. A entrevista será na sede do MPRS, em Porto Alegre, e pode ser acompanhada pelo Youtube a partir do horário marcado.
Novo júri marcado para iniciar em 26 de fevereiro
O novo júri da tragédia da boate Kiss foi marcado para 26 de fevereiro do próximo ano, em Porto Alegre, depois que a Justiça anulou o júri anterior, de dezembro de 2021.
Serão levados a julgamento novamente os empresários Mauro Hoffmann e Elissandro Spohr, o Kiko, que eram sócios da boate. E, também, Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, que integravam a Banda Gurizada Fandangueira.
Em 2021, os quatro foram condenados pelo Tribunal do Júri, em Porto Alegre. No entanto, a defesa recorreu pedindo a anulação do júri, o que acabou sendo acatado pela Justiça.
O que levou à anulação do júri da Kiss
CONDENAÇÕES DO JÚRI QUE FOI ANULADO
- Elissandro Callegaro Spohr, empresário e sócio da boate – Pegou 22 anos e 6 meses de prisão
- Mauro Londero Hoffmann, empresário e sócio da boate – Pegou 19 anos e 6 meses
- Marcelo de Jesus dos Santos, integrante da Banda Gurizada Fandangueira – Pegou 18 anos
- Luciano Bonilha Leão, integrante da Banda Gurizada Fandangeira – Pegou 18 anos
A tragédia
Os quatro réus são acusados pelas mortes de 242 pessoas e por ferimentos em outras 636 que frequentavam a boate na madrugada de 27 de janeiro de 2013, na Rua dos Andradas, no Centro de Santa Maria. Um incêndio provocado por o acionamento de um artefato pirotécnico durante um show foi a causa da tragédia.