Dono de uma empresa de seguros, gostava de festa e de carrões
Quem já frequentou as praias do Litoral Norte como Capão da Canoa, Atlântida e, principalmente, Xangri-Lá, certamente ouviu falar em Caburé. Esse era o apelido do empresário Luiz Carlos da Silva, dono de uma das maiores empresas de seguros da América Latina, que morreu nessa terça-feira, aos 90 anos.
A fama de Caburé vai além do seu sucesso como empreendedor – de vendedor de melancias virou dono de uma grande fortuna. Ele ficou conhecido por seu estilo um tanto exótico e, ao mesmo tempo, misterioso para muitos. A paixão por festas e por automóveis deram visibilidade ao empresário.
Caburé morava em uma mansão na praia de Xangri-Lá, ao lado da badalada Capão da Canoa. Quem passava em frente ao residencial do empresário via um desfile de carrões nacionais e importados, como Ferraris e Lanborghinis.
A fama de Caburé chegou ao ponto de o empresário virar uma espécie de lenda urbana no Litoral Norte gaúcho. Muitos consideram que ele fez mais que a maioria dos prefeitos do pequeno município.
Casa e carrões eram atrações em Xangri-Lá
Políticos, empresários e celebridades, inclusive de outras cidades gaúchas, como Santa Maria, estariam entre pessoas que já passaram pela mansão de Caburé.
Curiosos também costumam “visitar” a mansão, passando pela frente do local, que virou uma espécie de ponto turístico informal dado à fama de seu proprietário.
De vendedor de melancias a grande empresário
Segundo reportagem do jornal Correio do Povo, Caburé, que morreu aos 90 anos completados em julho deste ano, começou vendendo melancias.
Depois, começou a trabalhar com seguros, em 1959, como agenciador, emprego que conseguiu recortando um anúncio de jornal de vaga de emprego na extinta Companhia Internacional de Seguros.
Anos depois, em 1963, fundou o Grupo Caburé Seguros, um conglomerado que reúne mais de 23 mil funcionários e em torno de 1,5 milhão de clientes.
Era conhecido como benfeitor
Além do estilo de vida marcado por festas e automóveis, o empresário era uma figura bem vista no Litoral Norte, por conta de ações pela melhoria na infraestrutura da região. Por isso, também era considerado um benfeitor do município.
Em suas redes sociais, a Prefeitura de Xangri-Lá divulgou nota de pesar pela morte do empresário. Caburé era viúvo. No ano ano passado, perdeu o primogênito. Ele deixa um filho, que toca os negócios da família, uma filha e seis netos. O corpo do empresário foi velado e cremado em Porto Alegre.