Dentro de um ano, novo prefeito estará assumindo os destinos do município para os próximos quatro anos
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
Daqui a um ano, um novo prefeito estará assumindo a Prefeitura de Santa Maria. Os novos governantes e serão eleitos este ano, e até agora, Santa Maria não tem nenhuma mulher como pré-candidata a prefeita.
Até o momento, Santa Maria tem quatro pré-candidatos oficializados pelos partidos. Todos foram lançados no ano que passou. Há outros três nomes apontados como potenciais prefeituráveis, no entanto, seus partidos ainda não fizeram os pré-lançamentos oficiais.
Há, ainda, um quarto nome cuja pré-candidatura corre nos bastidores. Esse nome ainda é uma mera especulação e sequer tem partido definido. Mas é uma possibilidade não descartada.
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PP ainda não definiu nome
Entre os quatro grande partidos da cidade que ainda não lançaram pré-candidatos está o Progressistas (PP). O presidente da sigla, vereador Pablo Pacheco, explica que o partido não quer antecipar a sucessão municipal e que fará o lançamento do seu pré-candidato no tempo oportuno, ou seja, a partir de março.
Mas para quem pensa que o PP está atrasado na discussão, Pacheco diz que não é bem assim. O PP constituiu um grupo de trabalho formado por ex-presidentes, entre eles o médico Retorno Beltrame, um veterano do partido, a advogada e ex-vereadora Sandra Rebelato, também representante da ala histórica do PP, e Mauro Bakoff, que presidiu a legenda nas últimas eleições.
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Para mais adiante
PSDB, MDB e PDT têm nomes na rua como potenciais candidatos, mas deixaram para oficializar suas pré-candidaturas a partir de março.
“No final de março as coisas ficarão bem claras”, diz o vice-presidente do MDB, Antônio Carlos Valle Freitas de Lemos, sobre a pré-candidatura do deputado estadual licenciado e atual secretário estadual de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel.
Em sua participação no Podcast Estação 29, no final de dezembro, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) afirmou que o partido aposta suas fichas no atual vice-prefeito, Rodrigo Decimo, ainda filiado ao União Brasil. De acordo com Pozzobom, a filiação do vice-prefeito é uma questão de tempo.
Já o PDT chegou a ensaiar o lançamento do ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Paulo Burmann em dezembro, mas decidiu deixar para este ano, quando, acreditam os pedetistas, a iniciativa terá mais destaque na imprensa e entre os demais partidos.
Ainda de acordo com Marionaldo Ferreira, integrante da comissão provisória municipal do PDT, o partido deverá, primeiro, fazer a convenção para oficializar sua direção local.
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O QUADRO SUCESSÓRIO EM SANTA MARIA
PRÉ-CANDIDATURAS LANÇADAS
- EWERTON FALK, empresário e presidente do Instituto de Planejamento (Iplan) de Santa Maria, é pré-candidato pelo PL
- GIUSEPPE RIESGO, ex-deputado estadual e ex-chefe de gabinete do deputado federal Marcel Van Hattem, é pré-candidato pelo Novo
- TONY OLIVEIRA, radialista e vereador, é pré-candidato pelo Podemos
- VALDECI OLIVEIRA, ex-prefeito de Santa Maria por dois mandatos e deputado estadual, é pré-candidato pelo PT, sendo o único que já definiu seu vice, no caso o também ex-prefeito e ex-deputado estadual José Haidar Farret, do União Brasil
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PRÉ-CANDIDATURAS AINDA NÃO LANÇADAS
- BETO FANTINEL, deputado estadual reeleito e licenciado e atual secretário estadual de Desenvolvimento Social, deverá ser o candidato do MDB. No entanto, pré-candidatura ainda não foi oficializada
- PAULO BURMANN, ex-reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), deverá ser o candidato do PDT, partido que ele preside em Santa Maria. Contudo, a pré-candidatura ainda não foi oficializada
- RODRIGO DECIMO, empresário e atual vice-prefeito de Santa Maria, é cotado para ser o candidato do governo, representando o PSDB
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Um nome “fora da política” corre nos bastidores
Enquanto a maioria dos partidos trabalha com nomes de políticos já conhecidos do eleitorado, no ano que se encerrou houve uma movimentação para atrair uma personalidade vista como “de fora da política”. A conversa girou em torno do juiz de Direito Ulysses Fonseca Louzada.
Às vésperas da aposentadoria da magistratura, Louzada não descartou essa possibilidade em conversa com a equipe do Podcast Estação 29, em outubro passado (o episódio com o juiz foi ao ar no início de novembro nos canais do Paralelo 29 no Youtube e no Spotfy).
Será Ulysses Louzada o nome que o PP procura? Para lembrar, o magistrado foi procurado por dirigentes desse partido e do Novo, que acabou lançando o nome de Giuseppe Riesgo.
Conhecido como “o juiz da Kiss”, Louzada ganhou notoriedade por conduzir a fase de instrução do processo criminal da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul, o incêndio da boate Kiss, em 27 de janeiro de 2013, que deixou 242 mortos e 636 sobreviventes com alguma sequela física ou psicológica. Foi Louzada, também, quem decidiu que os quatro réus fossem a júri popular.
Pelo fato de Louzada não pertencer ao grupo de políticos tradicionais, os entusiastas que o sondaram acreditam que o juiz poderia representar uma novidade capaz de conquistar os eleitores.
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Estratégias da direita e da esquerda
O primeiro turno das eleições municiais deste ano será em 6 de outubro, data em que, além de votarem para prefeito, os eleitores decidirão os futuros vereadores. No caso da eleição para as Câmaras Municipais, só há um turno, em todos os municípios brasileiros.
Já as eleições para prefeito poderão ter dois turnos em cidades com mais de 200 mil eleitores, como é o caso de Santa Maria. Se nenhum candidato a prefeito conseguir a metade mais um dos votos válidos (excluídos brancos e nulos), a decisão irá para um segundo turno, marcado para 27 de outubro.
Sem um candidato forte, ao menos até o momento, partidos de direita apostam em um segundo turno. Já o PT, que lidera uma chapa com dois ex-prefeitos bastante populares (Valdeci e Farret), quer fechar a fatura no primeiro turno. Para isso, jogará todas as suas cartas para vencer a eleição já no dia 6.
A direita e o centro-direita, mesmo com cinco nomes (Ewerton Falk, Giuseppe Riesgo, Tony Oliveira, Rodrigo Decimo e Beto Fantinel), pretendem estar unidos em um eventual segundo turno.
O PDT de Paulo Burmann corre por fora, oferecendo-se como uma proposta de centro-esquerda, que seria uma alternativa ao PT e às candidaturas de direita.
