Prática foi inaugurada pelo PC do B na atual legislatura; agora, o PP também dá chance a suplente
JOSÉ MAURO BATISTA – PARALELO 29
Dois suplentes assumiram, nesta quarta-feira (3), nas vagas dos titulares na Câmara de Vereadores de Santa Maria: Augusto Panzenhagem ocupa temporariamente a cadeira do PC do B, que tem Werner Rempel como titular. Zaloar Soares, por sua vez, assumiu a cadeira de Pablo Pacheco, do PP.
Prática inaugurada nesta legislatura pelo PC do B, o rodízio para permitir que o suplente assuma no lugar do titular é uma iniciativa salutar na política. Desde o início do mandato, Rempel tem proporcionado que sua suplente, Maria Rita Py Dutra (PC do B), viva, também, a experiência legislativa.
Além da chance para o suplente mostrar seu trabalho, esse tipo de rodízio é a aplicação, na prática, da ideia de partido. Afinal, se um partido elege vereador é porque conseguiu atingir o coeficiente eleitoral, que é o número mínimo de votos. E isso só é possível com a soma dos votos de toda a nominata.
Assim, tanto Rempel como os quatro vereadores do PP só estão na Câmara porque companheiros de legenda também fizeram campanha e obtiveram votos.
Segundo suplente pelo PC do B, Panzenhagem é líder comunitário, morador do Bairro Nova Santa Marta desde 1995 e militante de movimentos sociais. Ele ficará até fevereiro, quando o titular retorna.
Nas eleições de 2020, fez 402 votos, ficando entre os 101 candidatos mais votados entre todos os concorrentes. Para que ele pudesse assumir também foi preciso a concordância de Maria Rita, primeira suplente do PC do B. A professora vez 2.051 votos, sendo a sétima mais votada entre os 21 eleitos.
Zolar Soares, que também é líder comunitário, chega à Câmara devido a uma licença de 15 dias de Pablo Pacheco, vice-presidente da Câmara.
Morador do Bairro Camobi, Zaloar só não é vereador por detalhe. Ou seja, ele fez três votos a menos que a titular, Roberta Leitão (PP), em 2020. Com 1.129 votos, Roberta foi a última dos 21 vereadores.
Na atual legislatura, há outra suplente na vaga do titular, no caso, Helen Cabral (PT), que há um ano ocupa a cadeira do titular, Ricardo Blattes, que assumiu um cargo no governo federal, em Brasília.
O chamado mandato coletivo, inaugurado pelo PC do B na atual legislatura, é uma excelente iniciativa no Parlamento e na política. E que poderá fazer a diferença já na próxima eleição.